16/07/2012 - O Dia, Paloma Savedra
São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, recebe investimentos do mercado imobiliário e ganha novos moradores, mas a oferta de serviços no local ainda é deficiente
De endereço da elite na época do Império a bairro nada cobiçado por quem buscava um lugar para morar. Mas São Cristóvão está dando a volta na história. Após cinco anos sem nenhum lançamento imobiliário, mais de 1.600 unidades residenciais já foram erguidas lá desde 2006, o ano da virada.
A seis quilômetros do Centro e com rico acervo cultural - o local abriga a Quinta da Boa Vista, o Jardim Zoológico, o Centro de Tradições Nordestinas e os museus Nacional da UFRJ e de Astronomia e Ciências Afins -, a região tornou-se alvo de interesse não só de visitantes curiosos, mas de construtoras e novos moradores. Além disso, o bairro conta com a Maternidade Municipal Fernando Magalhães, que é referência em gestação de alto risco; sete escolas municipais e o tradicional Colégio Pedro II (federal).
Segundo o vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, Rubem Vasconcelos, a melhoria na segurança da região é um dos motivos do crescimento do bairro: "A implantação das UPPs na Tijuca, vizinha, melhorou a segurança do entorno. O Porto Maravilha também impulsionou S. Cristóvão", enumerou.
Por todos os lados há novos empreendimentos, a maioria condomínios modernos, com área de lazer e serviços. "Sou de Niterói e minha esposa, de Botafogo. Morando aqui, fiquei perto do Centro. Sem falar na vista da Quinta", conta o profissional de marketing Josias Neto, 33.
A chegada de novos moradores evidenciou, no entanto, carências do bairro. A oferta de serviços e comércio, como mercados, não acompanhou o aumento populacional. De 2000 a 2011, o bairro não recebeu nenhum lançamento comercial.
"São Cristóvão tem muitas fábricas e o setor privado esquece dos moradores. Só temos um mercado", reclama a aposentada Vera Mandarino, 55. "Recorro aos bairros vizinhos", ressalta Helaine Nascimento, 25. Outra preocupação é a insegurança à noite, ao redor da Quinta: "A prostituição ainda é um problema e deixa a gente inseguro", pondera Alice Gomes, 44.
Moradores pedem atenção à área de lazer do bairro
Além da Quinta da Boa Vista, o Campo de São Cristóvão é opção de lazer para os moradores do bairro. No entanto, a má conservação tem afastado as famílias.
O parquinho do campo está abandonado, com balanços quebrados e muitos moradores de rua. "Tenho um filho de cinco anos, mas sinto medo de trazê-lo aqui. Ele pode ser machucar. Além disso, não vejo policiamento", reclama a enfermeira Erica Oliveira, 32 anos.
Jogar bola no campo de futebol de grama sintética é um desafio. O tapete está rasgado, e, segundo moradores, crianças já torceram o pé brincando lá.
"A grama foi colocada há um ano e já está assim. Não me arrisco. Mas tem escolinha de futebol que usa o espaço e ninguém faz nada", conta o segurança Alan Alves.
A Secretaria Municipal de Conservação afirmou que a área será recuperada, mas que o campo não é de sua responsabilidade. Procurada, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer não respondeu.
Moradores pedem atenção à área de lazer do bairro
Além da Quinta da Boa Vista, o Campo de São Cristóvão é opção de lazer para os moradores do bairro. No entanto, a má conservação tem afastado as famílias.
O parquinho do campo está abandonado, com balanços quebrados e muitos moradores de rua. "Tenho um filho de cinco anos, mas sinto medo de trazê-lo aqui. Ele pode ser machucar. Além disso, não vejo policiamento", reclama a enfermeira Erica Oliveira, 32 anos.
Jogar bola no campo de futebol de grama sintética é um desafio. O tapete está rasgado, e, segundo moradores, crianças já torceram o pé brincando lá.
"A grama foi colocada há um ano e já está assim. Não me arrisco. Mas tem escolinha de futebol que usa o espaço e ninguém faz nada", conta o segurança Alan Alves.
A Secretaria Municipal de Conservação afirmou que a área será recuperada, mas que o campo não é de sua responsabilidade. Procurada, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer não respondeu.
São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, recebe investimentos do mercado imobiliário e ganha novos moradores, mas a oferta de serviços no local ainda é deficiente
De endereço da elite na época do Império a bairro nada cobiçado por quem buscava um lugar para morar. Mas São Cristóvão está dando a volta na história. Após cinco anos sem nenhum lançamento imobiliário, mais de 1.600 unidades residenciais já foram erguidas lá desde 2006, o ano da virada.
A seis quilômetros do Centro e com rico acervo cultural - o local abriga a Quinta da Boa Vista, o Jardim Zoológico, o Centro de Tradições Nordestinas e os museus Nacional da UFRJ e de Astronomia e Ciências Afins -, a região tornou-se alvo de interesse não só de visitantes curiosos, mas de construtoras e novos moradores. Além disso, o bairro conta com a Maternidade Municipal Fernando Magalhães, que é referência em gestação de alto risco; sete escolas municipais e o tradicional Colégio Pedro II (federal).
Segundo o vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário, Rubem Vasconcelos, a melhoria na segurança da região é um dos motivos do crescimento do bairro: "A implantação das UPPs na Tijuca, vizinha, melhorou a segurança do entorno. O Porto Maravilha também impulsionou S. Cristóvão", enumerou.
Por todos os lados há novos empreendimentos, a maioria condomínios modernos, com área de lazer e serviços. "Sou de Niterói e minha esposa, de Botafogo. Morando aqui, fiquei perto do Centro. Sem falar na vista da Quinta", conta o profissional de marketing Josias Neto, 33.
A chegada de novos moradores evidenciou, no entanto, carências do bairro. A oferta de serviços e comércio, como mercados, não acompanhou o aumento populacional. De 2000 a 2011, o bairro não recebeu nenhum lançamento comercial.
"São Cristóvão tem muitas fábricas e o setor privado esquece dos moradores. Só temos um mercado", reclama a aposentada Vera Mandarino, 55. "Recorro aos bairros vizinhos", ressalta Helaine Nascimento, 25. Outra preocupação é a insegurança à noite, ao redor da Quinta: "A prostituição ainda é um problema e deixa a gente inseguro", pondera Alice Gomes, 44.
Moradores pedem atenção à área de lazer do bairro
Além da Quinta da Boa Vista, o Campo de São Cristóvão é opção de lazer para os moradores do bairro. No entanto, a má conservação tem afastado as famílias.
O parquinho do campo está abandonado, com balanços quebrados e muitos moradores de rua. "Tenho um filho de cinco anos, mas sinto medo de trazê-lo aqui. Ele pode ser machucar. Além disso, não vejo policiamento", reclama a enfermeira Erica Oliveira, 32 anos.
Jogar bola no campo de futebol de grama sintética é um desafio. O tapete está rasgado, e, segundo moradores, crianças já torceram o pé brincando lá.
"A grama foi colocada há um ano e já está assim. Não me arrisco. Mas tem escolinha de futebol que usa o espaço e ninguém faz nada", conta o segurança Alan Alves.
A Secretaria Municipal de Conservação afirmou que a área será recuperada, mas que o campo não é de sua responsabilidade. Procurada, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer não respondeu.
Moradores pedem atenção à área de lazer do bairro
Além da Quinta da Boa Vista, o Campo de São Cristóvão é opção de lazer para os moradores do bairro. No entanto, a má conservação tem afastado as famílias.
O parquinho do campo está abandonado, com balanços quebrados e muitos moradores de rua. "Tenho um filho de cinco anos, mas sinto medo de trazê-lo aqui. Ele pode ser machucar. Além disso, não vejo policiamento", reclama a enfermeira Erica Oliveira, 32 anos.
Jogar bola no campo de futebol de grama sintética é um desafio. O tapete está rasgado, e, segundo moradores, crianças já torceram o pé brincando lá.
"A grama foi colocada há um ano e já está assim. Não me arrisco. Mas tem escolinha de futebol que usa o espaço e ninguém faz nada", conta o segurança Alan Alves.
A Secretaria Municipal de Conservação afirmou que a área será recuperada, mas que o campo não é de sua responsabilidade. Procurada, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer não respondeu.