27/10/2012 - O Globo
Empresas cobram valores diferentes, de acordo com o tamanho do carro
Em Ipanema, na Rua Visconde de Pirajá, estacionamento chega a cobrar R$ 18 a hora
Marcos Tristão
RIO - Com uma frota de quase dois milhões de veículos de passeio na cidade e poucas vagas legalizadas nas ruas (o Rio Rotativo tem 43 mil), o carioca virou refém de estacionamentos privados que, sem uma legislação específica, não seguem tabela e, geralmente, praticam preços diferenciados de acordo com a localização do estacionamento. Os mais caros chegam a cobra R$ 32 pelo período de duas horas. Outro fator que influencia o valor cobrado pelas empresas é o tamanho do carro e, em alguns locais, o preço pode sofrer variação de até 80%.
Repórteres do GLOBO percorreram aleatoriamente 12 estacionamentos na Zona Sul e no Centro do Rio. Na disputa pelo topo do ranking dos mais caros, o administrado pela Estapar, no Fórum de Ipanema, na Visconde de Pirajá, divide o pódio com outro que funciona na mesma rua, da Gepark. Neles, o motorista desembolsa R$ 32 a cada duas horas. No Morumbi, bairro nobre de São Paulo, onde a Estapar também oferece vagas, a hora sai por R$ 14 R$ 4 a menos que o valor pago por hora em Ipanema.
Para Patricia Resende, abordada na fila do estacionamento do Fórum de Ipanema, os valores são abusivos:
Mas não há vaga na rua.
Na Visconde de Pirajá, Fernanda Fukelman preferiu dar algumas voltas antes de conseguir uma vaga no Rio Rotativo para ir à videolocadora.
Só pago estacionamento caro em situações extremas.
Na Rua Dias Ferreira, no Leblon, a empresa Gepark cobra de acordo com tamanho do veículo: até uma hora, carros pequenos pagam R$ 18, e os grandes, R$ 20. Na Visconde de Pirajá, a empresa Patropi, que explora 50 estacionamentos na cidade, cobra pela primeira hora R$ 10 (carros pequenos), R$ 13 (médios) e R$ 18 (grandes). Segundo o gerente Wilson Rodrigues, o que pesa é o valor do seguro.
No Centro, o subterrâneo da Cinelândia, com 1.036 vagas, da Estapar, cobra R$ 12 pelos primeiros 60 minutos, e um adicional de R$ 9 até a segunda hora. No Terminal Menezes Cortes, o motorista paga ainda mais caro: R$ 14 na primeira hora. Depois, R$ 28 até o fim da segunda hora.
Quem anda de carro tem que pagar mais. É um alerta para migrarem para o transporte público avalia o economista André Braz, professor da Fundação Getúlio Vargas.
Procurados pelo GLOBO, representantes da Gepark não responderam as questões. A Estapar, que tem 83 pontos na cidade , argumenta que os preços são impactados pelo aluguel e mão de obra, e que o déficit de vagas também afeta os valores. Quanto à diferença do preço cobrado no Rio e em São Paulo, a empresa afirma: os preços são equivalentes.
Parada de Emergência
Estacionar em hospital também custa caro. Numa situação de emergência, o motorista Eliezer Viana pagou R$ 11 na Clínica São Vicente, na Gávea. De acordo com a tabela do estacionamento, o valor mínimo cobrado é R$ 9, por até 30 minutos. Até quatro horas e meia, R$ 36. A partir daí, são mais R$ 2 por 30 minutos ou fração.
Shoppings também cobram valores altos, ainda mais em áreas VIP. Na do Shopping Leblon, são R$ 10 pelos primeiros 30 minutos. No rotativo, o motorista paga apenas R$ 3 por meia hora, mas não tem direito a manobrista, água e café.
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Empresas cobram valores diferentes, de acordo com o tamanho do carro
Em Ipanema, na Rua Visconde de Pirajá, estacionamento chega a cobrar R$ 18 a hora
Marcos Tristão
RIO - Com uma frota de quase dois milhões de veículos de passeio na cidade e poucas vagas legalizadas nas ruas (o Rio Rotativo tem 43 mil), o carioca virou refém de estacionamentos privados que, sem uma legislação específica, não seguem tabela e, geralmente, praticam preços diferenciados de acordo com a localização do estacionamento. Os mais caros chegam a cobra R$ 32 pelo período de duas horas. Outro fator que influencia o valor cobrado pelas empresas é o tamanho do carro e, em alguns locais, o preço pode sofrer variação de até 80%.
Repórteres do GLOBO percorreram aleatoriamente 12 estacionamentos na Zona Sul e no Centro do Rio. Na disputa pelo topo do ranking dos mais caros, o administrado pela Estapar, no Fórum de Ipanema, na Visconde de Pirajá, divide o pódio com outro que funciona na mesma rua, da Gepark. Neles, o motorista desembolsa R$ 32 a cada duas horas. No Morumbi, bairro nobre de São Paulo, onde a Estapar também oferece vagas, a hora sai por R$ 14 R$ 4 a menos que o valor pago por hora em Ipanema.
Para Patricia Resende, abordada na fila do estacionamento do Fórum de Ipanema, os valores são abusivos:
Mas não há vaga na rua.
Na Visconde de Pirajá, Fernanda Fukelman preferiu dar algumas voltas antes de conseguir uma vaga no Rio Rotativo para ir à videolocadora.
Só pago estacionamento caro em situações extremas.
Na Rua Dias Ferreira, no Leblon, a empresa Gepark cobra de acordo com tamanho do veículo: até uma hora, carros pequenos pagam R$ 18, e os grandes, R$ 20. Na Visconde de Pirajá, a empresa Patropi, que explora 50 estacionamentos na cidade, cobra pela primeira hora R$ 10 (carros pequenos), R$ 13 (médios) e R$ 18 (grandes). Segundo o gerente Wilson Rodrigues, o que pesa é o valor do seguro.
No Centro, o subterrâneo da Cinelândia, com 1.036 vagas, da Estapar, cobra R$ 12 pelos primeiros 60 minutos, e um adicional de R$ 9 até a segunda hora. No Terminal Menezes Cortes, o motorista paga ainda mais caro: R$ 14 na primeira hora. Depois, R$ 28 até o fim da segunda hora.
Quem anda de carro tem que pagar mais. É um alerta para migrarem para o transporte público avalia o economista André Braz, professor da Fundação Getúlio Vargas.
Procurados pelo GLOBO, representantes da Gepark não responderam as questões. A Estapar, que tem 83 pontos na cidade , argumenta que os preços são impactados pelo aluguel e mão de obra, e que o déficit de vagas também afeta os valores. Quanto à diferença do preço cobrado no Rio e em São Paulo, a empresa afirma: os preços são equivalentes.
Parada de Emergência
Estacionar em hospital também custa caro. Numa situação de emergência, o motorista Eliezer Viana pagou R$ 11 na Clínica São Vicente, na Gávea. De acordo com a tabela do estacionamento, o valor mínimo cobrado é R$ 9, por até 30 minutos. Até quatro horas e meia, R$ 36. A partir daí, são mais R$ 2 por 30 minutos ou fração.
Shoppings também cobram valores altos, ainda mais em áreas VIP. Na do Shopping Leblon, são R$ 10 pelos primeiros 30 minutos. No rotativo, o motorista paga apenas R$ 3 por meia hora, mas não tem direito a manobrista, água e café.
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