15/01/2013 - Veja Rio, Caio Barreto Briso
Nenhum outro trecho da cidade passa por tantas transformações quanto a Zona Portuária, faixa à margem da Baía de Guanabara que se estende do Caju até a Praça Mauá. Em meio a ruas interditadas e quebra-quebra geral, começam a se tornar visíveis os primeiros efeitos das obras. São praças reformadas, ruas reurbanizadas e lançamentos imobiliários que prometem revitalizar uma área corroída pelo abandono. No final do processo, às vésperas da Olimpíada de 2016, a expectativa é que a decadência seja varrida do mapa definitivamente. Em vez da profusão de terrenos baldios, galpões inativos e prédios decrépitos, a esperança é que possa emergir uma região pulsante, repleta de museus, condomínios, hotéis e arranha-céus comerciais. Está a caminho uma série de espigões de grife, como mostra a ilustração ao lado. Um dos projetos mais aguardados é o conjunto de duas torres na Avenida Rodrigues Alves concebido pelo arquiteto inglês Norman Foster. Profissional reconhecido mundialmente, ele colocou também sua assinatura no Aerop orto Internacional de Pequim, no estádio de Wembley e no estranho prédio Swiss Re, em formato de pepino, dois cartões-postais londrinos. "Com esses novos empreendimentos, o Rio ingressa no cenário internacional da arquitetura contemporânea", afirma Vicente Giffoni, presidente regional da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura. "Não há outra cidade que esteja vivendo um momento tão repleto de inovações."
A metamorfose em curso só é comparável à reforma implementada pelo prefeito Pereira Passos no início do século passado, quando o Centro carioca deixou seu aspecto colonial para ganhar grandes vias e imóveis imponentes. Para se ter uma ideia da dimensão das mudanças atuais, há mais de setenta projetos imobiliários para a Zona Portuária aprovados na prefeitura ou à espera do aval do poder público. Próximo à rodoviária Novo Rio ficará o complexo de cinco torres erigido pelo magnata americano Donald Trump. Naquele mesmo trecho da Avenida Francisco Bicalho subirão as Torres Cariocas, cada uma delas com 120 metros. Toda essa movimentação encontra paralelo no que ocorreu com o Puerto Madero, região portuária de Buenos Aires completamente reurbanizada nos anos 90. Nela foram construídos mais de cinquenta edifícios residenciais e comerciais, entre os quais um empreendimento com design de Norman Foster, o condomínio de luxo El Aleph. Dessa maneira, o bairro portenho passou a acolher novas empresas e moradores, ganhou um comércio requintado de restaurantes e lojas e se transformou em um concorrido ponto turístico. Espera-se que, terminado o perrengue das obras no Rio, o carioca possa se vangloriar da cidade.
Nenhum outro trecho da cidade passa por tantas transformações quanto a Zona Portuária, faixa à margem da Baía de Guanabara que se estende do Caju até a Praça Mauá. Em meio a ruas interditadas e quebra-quebra geral, começam a se tornar visíveis os primeiros efeitos das obras. São praças reformadas, ruas reurbanizadas e lançamentos imobiliários que prometem revitalizar uma área corroída pelo abandono. No final do processo, às vésperas da Olimpíada de 2016, a expectativa é que a decadência seja varrida do mapa definitivamente. Em vez da profusão de terrenos baldios, galpões inativos e prédios decrépitos, a esperança é que possa emergir uma região pulsante, repleta de museus, condomínios, hotéis e arranha-céus comerciais. Está a caminho uma série de espigões de grife, como mostra a ilustração ao lado. Um dos projetos mais aguardados é o conjunto de duas torres na Avenida Rodrigues Alves concebido pelo arquiteto inglês Norman Foster. Profissional reconhecido mundialmente, ele colocou também sua assinatura no Aerop orto Internacional de Pequim, no estádio de Wembley e no estranho prédio Swiss Re, em formato de pepino, dois cartões-postais londrinos. "Com esses novos empreendimentos, o Rio ingressa no cenário internacional da arquitetura contemporânea", afirma Vicente Giffoni, presidente regional da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura. "Não há outra cidade que esteja vivendo um momento tão repleto de inovações."
A metamorfose em curso só é comparável à reforma implementada pelo prefeito Pereira Passos no início do século passado, quando o Centro carioca deixou seu aspecto colonial para ganhar grandes vias e imóveis imponentes. Para se ter uma ideia da dimensão das mudanças atuais, há mais de setenta projetos imobiliários para a Zona Portuária aprovados na prefeitura ou à espera do aval do poder público. Próximo à rodoviária Novo Rio ficará o complexo de cinco torres erigido pelo magnata americano Donald Trump. Naquele mesmo trecho da Avenida Francisco Bicalho subirão as Torres Cariocas, cada uma delas com 120 metros. Toda essa movimentação encontra paralelo no que ocorreu com o Puerto Madero, região portuária de Buenos Aires completamente reurbanizada nos anos 90. Nela foram construídos mais de cinquenta edifícios residenciais e comerciais, entre os quais um empreendimento com design de Norman Foster, o condomínio de luxo El Aleph. Dessa maneira, o bairro portenho passou a acolher novas empresas e moradores, ganhou um comércio requintado de restaurantes e lojas e se transformou em um concorrido ponto turístico. Espera-se que, terminado o perrengue das obras no Rio, o carioca possa se vangloriar da cidade.