03/01/2013 - Folha de São Paulo
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
Um musical de origem conturbada, com grandes pretensões, inaugurando um espaço cultural sobre o qual se pode dizer a mesma coisa.
É isso o que simboliza "Rock in Rio - O Musical", que abre hoje a Cidade das Artes, no Rio.
Hugo Bonemer em cena do musical "Rock in Rio", que terá estreia nesta quinta-feira no Rio
Parte do projeto do empresário Roberto Medina de construir um império em torno de seu festival de música, a peça, produzida pela Aventura Entretenimento, começou com discordâncias que levaram à saída da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho da produtora, no meio do ano passado.
Para substituí-los, o empresário Luiz Calainho, da Aventura, chamou o diretor João Fonseca (de "Tim Maia - Vale Tudo"), que criou do zero, em poucos meses, a produção orçada em R$ 12 milhões.
A equipe teve ainda pouco tempo para se adaptar ao palco -apenas há um mês começaram os ensaios na Cidade das Artes. Após dez anos em construção que sugaram mais de R$ 550 milhões em dinheiro público, ela abre sem estar totalmente pronta.
A ideia é que o musical faça um "soft opening" do espaço, testando equipamentos e treinando funcionários.
A peça é centrada num casal: o solitário e tímido Aleph (Hugo Bonemer), que só consegue se expressar em canções, e a rebelde Sofia (Yasmin Gomlevsky), filha do "organizador do maior evento de música do mundo", personagem inspirado em Medina.
Bem ao estilo da "mistureba" que o empresário consagrou na escalação de seu festival (não raro com efeitos indesejados), o musical vai de 'N Sync a AC/DC, de Iron Maiden a Daniela Mercury.
A maior parte das cerca de 50 canções é de artistas nacionais, e há ainda versões em português de hits estrangeiros como "Wonderwall" e "You've Got a Friend".
A intenção dos produtores é que "Rock in Rio - O Musical" seja o início das "megaproduções nacionais" com potencial para exportação -Medina e Calainho pretendem encená-lo nos EUA e nos países onde o festival já acontece, Portugal e Espanha.
Medina afirmou ainda querer transformá-lo em um filme, citando como exemplo o musical "Mamma Mia!".
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
Um musical de origem conturbada, com grandes pretensões, inaugurando um espaço cultural sobre o qual se pode dizer a mesma coisa.
É isso o que simboliza "Rock in Rio - O Musical", que abre hoje a Cidade das Artes, no Rio.
Hugo Bonemer em cena do musical "Rock in Rio", que terá estreia nesta quinta-feira no Rio
Parte do projeto do empresário Roberto Medina de construir um império em torno de seu festival de música, a peça, produzida pela Aventura Entretenimento, começou com discordâncias que levaram à saída da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho da produtora, no meio do ano passado.
Para substituí-los, o empresário Luiz Calainho, da Aventura, chamou o diretor João Fonseca (de "Tim Maia - Vale Tudo"), que criou do zero, em poucos meses, a produção orçada em R$ 12 milhões.
A equipe teve ainda pouco tempo para se adaptar ao palco -apenas há um mês começaram os ensaios na Cidade das Artes. Após dez anos em construção que sugaram mais de R$ 550 milhões em dinheiro público, ela abre sem estar totalmente pronta.
A ideia é que o musical faça um "soft opening" do espaço, testando equipamentos e treinando funcionários.
A peça é centrada num casal: o solitário e tímido Aleph (Hugo Bonemer), que só consegue se expressar em canções, e a rebelde Sofia (Yasmin Gomlevsky), filha do "organizador do maior evento de música do mundo", personagem inspirado em Medina.
Bem ao estilo da "mistureba" que o empresário consagrou na escalação de seu festival (não raro com efeitos indesejados), o musical vai de 'N Sync a AC/DC, de Iron Maiden a Daniela Mercury.
A maior parte das cerca de 50 canções é de artistas nacionais, e há ainda versões em português de hits estrangeiros como "Wonderwall" e "You've Got a Friend".
A intenção dos produtores é que "Rock in Rio - O Musical" seja o início das "megaproduções nacionais" com potencial para exportação -Medina e Calainho pretendem encená-lo nos EUA e nos países onde o festival já acontece, Portugal e Espanha.
Medina afirmou ainda querer transformá-lo em um filme, citando como exemplo o musical "Mamma Mia!".