Porto do Rio renasce

27/10/2013 - O Dia, Aurélio Gimenez

Enquanto a Prefeitura do Rio busca alternativas para minimizar os impactos da interdição da Perimetral, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp) já contabiliza 70 projetos corporativos e residenciais que serão implantados no projeto Porto Maravilha. Além disso, novos restaurantes, lojas e empresas já se instalam ao longo da Rua Sacadura Cabral e imediações, confirmando o sucesso da revitalização da região.

"Os recursos das obras de de infraestrutura estão garantidos com o leilão dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). Agora, vem o desenvolvimento imobiliário, indutor econômico para os moradores da região", destaca o diretor financeiro da Cdurp, Sérgio Lopes.

Entre os empreendimentos que integram a carteira da companhia estão empresas como GVT, Subsea7, São Carlos, Concal, além de empreendimentos como Porto Atlântico, da João Fortes Engenharia, e Porto Vida Residencial, do consórcio Porto Novo. O Banco Central também estará na região.
Desde o começo das obras do Porto Maravilha, há dois anos, a valorização imobiliária ultrapassou 150%. "O metro quadrado da região subiu. Hoje, todo o Centro vive momento favorável, com lançamentos de prédios que receberam retrofit", aponta Leonardo Schneider, do Sindicato da Habitação (Secovi-Rio).

Melhor mobilidade atrai universidade

De olho nas oportunidades a serem criadas no Porto do Rio, há dois anos a Universidade Estácio de Sá decidiu se instalar na região. Após 22 meses de obras de revitalização do antigo Edifício Venezuela, que no passado abrigou a sede da TV e das rádios Tupi, e que consumiram R$14 milhões, a instituição instalou ali as estruturas de ensino a distância, educação corporativa, cursos livres e preparatórios para concursos.

"Tivemos que tomar uma decisão estratégica para implantar uma nova estrutura. Já pensando no futuro e aproveitando o benefício fiscal da área, resolvemos nos instalar no Porto do Rio, pois é uma área central e no meio do caminho entre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont. Assim, evitamos o problema de mobilidade, caso fôssemos para a Barra da Tijuca", diz Marcos Lemos, diretor de EAD da Estácio de Sá.

Bisneto do criador do Angu do Gomes, Rigo Duarte, 31, assumiu o negócio em 2008. Na época, o aluguel custava R$ 1.300 e, atualmente, o proprietário cobra R$ 3.200. "Mas hoje vendemos o triplo", diz o comerciante.