Histórico
O primeiro caminho de acesso ao bairro foi aberto por volta de 1569, quando a Estrada Real que ligava o Morro do Castello à Praia de Botafogo foi prolongada até a Barra da Lagoa da Tijuca, passando pelas atuais ruas São Clemente, Jardim Botânico, Marquês de São Vicente, Estrada da Gávea e Estrada do Joá. Até então o acesso à Lagoa Rodrigo de Freitas era feito por canoas pelo ribeiro que seguia pela atual rua Mena Barreto.
Em 1571, foi fundado o Engenho de Nossa Senhora da Conceição, o segundo mais antigo da cidade, fundado pelo governador da capitania.
Entre 1576 e 1577, por ordem do Rei, foi construído o Engenho D´El Rey, nas proximidades da Lagoa Sacopenapan, atual Rodrigo de Freitas.
A Capela Nossa Senhora da Cabeça no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Construída provavelmente entre 1603 e 1607, situava-se dentro dos terrenos do antigo Engenho d’El Rey é uma das Igrejas mais antigas do Rio de Janeiro. Fonte: Terra de Santa Cruz.
Em 1808, o Engenho de Nossa Senhora da Conceição foi desapropriado por Dom João VI se tornando a Real Fábrica de Pólvora da Lagoa onde também era fundido material bélico. Em terreno contíguo, em 1819, foi criado o Horto Real, atual Jardim Botânico.
Em 1838, a Freguezia da Lagoa passou a ser considerada urbana.
Em 18 de junho de 1873, a Freguezia da Gávea é desmembrada da Freguezia da Lagoa.
Em 1861, prosseguia a construção de uma estrada de rodagem entre o Jardim Botânico e a Floresta da Tijuca.
Em 1896, é aberta a rua Maria Angélica, na Chácara da Bica. A rua Lopes Quintas é aberta entre 1880 e 1890, por Domingos Lopes Quintas.
Rua Jardim Botânico em 1890
Em 1914, o poder público autoriza a Companhia Jardim Botânico a estender suas linhas de bonde da Gávea e de Ipanema até o bairro do Leblon, que estava sendo loteado.
Em 1920, são iniciadas as obras de saneamento e melhorias da Lagoa Rodrigo de Freitas, incluindo a abertura da Avenida Epitácio Pessoa e a construção de dois canais de comunicação com o mar, evitando o transbordamento da Lagoa nos dias de chuva intensa.
Dezembro de 1926
Em 13 de março de 1928, através do decreto nº 2.773, as ruas Getúlio das Neves e Eurico Cruz, transversais da rua Jardim Botânico, foram reconhecidas como logradouros públicos.
Em maio de 1935, foi concluído o aterro do bairro da Fonte da Saudade.
Em 1936, o arquiteto Lúcio Costa (1902-1998) sugere a implantação da Cidade Universitária da UFRJ num aterro sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. O projeto foi rejeitado pela Universidade.
Em 30 de maio de 1938, é tombado o Jardim Botânico. O Horto Florestal só foi tombado em 17 de dezembro de 1973. A área do Jardim Botânico foi registrada pela primeira vez em 1854, por Dom Pedro II.
Na década de 1940, é removido o canteiro central da rua Jardim Botânico.
Em julho de 1942, o Prefeito Henrique Dodsworth determina o asfaltamento da rua Jardim Botânico, até então pavimentada com paralelepípedos, e a pavimentação da rua Bartolomeu Mitre com paralelepípedos.
Entre 1952 e 1958, foi construído o Hospital da Lagoa, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no local de uma antiga favela.
Em 1955, inauguração do Estádio de Remo da Lagoa.
Em 16 de junho de 1956, foi inaugurada a rua Ministro João Alberto.
Em fevereiro de 1964, início das obras de alargamento da Avenida Piratini, para a construção do viaduto de acesso ao Túnel Rebouças.
Em março de 1964, finalmente foi completado o anel viário da Lagoa, com a entrega do último trecho da Avenida Borges de Medeiros, entre o Estádio de Remo e o Jardim de Alá. A retirada dos barrados da favela do Pinto permitiu o prolongamento da avenida.
Em maio de 1964, prevendo a implantação da futura ligação expressa Lagoa - Barra da Tijuca, prosseguia a obra de duplicação da rua Mário Ribeiro, no trecho entre a Avenida Bartolomeu Mitre e a Lagoa.
Em 1964, inauguração da igreja de São José, conhecida como igreja de vidro, localizada na avenida Borges de Medeiros. A construção foi iniciada em 1961.
Em 31 de março de 1970, é inaugurada a duplicação da pista da Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa, entre o Club Piraquê e o Canal do Jardim de Alá, com 820 metros de extensão. A antiga pista, com duas faixas de rolamento e que funcionava em mão dupla, era conhecida como Belém-Brasília. O contrato para a construção da ponte sobre o canal da Lagoa, em frente ao Clube Caiçaras, é assinado no dia 20 de julho de 1969 e a obra foi concluída em novembro de 1971.
Em 1971 foram removidos os últimos barracos da favela do Pinto.
Em 17 de março de 1972, a rua Pacheco Leão passou ao regime de mão única no sentido Lagoa.
Em 18 de julho de 1972, foi inaugurado, no Posto de Serviços Mengão da Borges de Medeiros, o posto SOS Bradesco, o terceiro da Guanabara e o 17º do Brasil, com uma máquina pagadora funcionando 24 horas por dia aos clientes do Bradesco portadores de cartão magnético. A máquina liberava automaticamente Cr$ 200,00 por cartão.
Na madrugada de 25 de outubro de 1972, morre a Palma Mater, atingida por um raio, plantada há 163 anos por Dom João VI no Jardim Botânico.
Em 15 de dezembro de 1972, por iniciativa de Orlando Orfei, é inaugurado o Tivoli Parque, com área de 30 mil metros quadrado e atrações importadas da Itália. Entregue ao público apesar dos protestos dos moradores, que alegavam complicações no trânsito da Lagoa. Até então o espaço era ocupado pela Feira da Providência. O parque encerrou suas atividades em 17 de dezembro de 1995, ao ser despejado pela Prefeitura, marcando a memória de gerações.
Em setembro de 1975, a Prefeitura lança o programa de urbanização das margens da Lagoa, dividindo a orla em 3 áreas de intervenção: a primeira, nas proximidades do Corte do Cantagalo, a segunda, no Jockey Club, e a terceira, entre a Hípica e o Túnel Rebouças.
Rua Jardim Botânico na década de 1970
Em abril de 1977, são concluídas as obras de calçamento dos canteiros centrais das avenidas Borges de Medeiros e Epitácio Pessoa com placas de cimento sextavadas, melhorando seu aspecto visual, principalmente nos dias de chuva quando se transformavam em lamaçais.
Entre os dias 5 e 8 de outubro de 1978, em sua 18ª edição, é realizada pela primeira vez a Feira da Providência no Rio Centro, depois de 13 anos na Lagoa.
Em 1978, são iniciadas as obras de reurbanização da orla da Lagoa, no trecho entre o Estádio de Remo e o Clube Piraquê.
Em setembro de 1980, a prefeitura finaliza o recapeamento de um trecho da rua General Garzon, possibilitando a implantação de uma rota de fuga dos congestionamentos da rua Jardim Botânico.
Em 25 de julho de 1981, em solenidade com a presença do prefeito e do governador do estado do Rio de Janeiro, Chagas Freitas, é inaugurada a Praça Marcos Tamoyo, na saída do Túnel Rebouças, contando com um ringue de patinação e uma quadra de esporte polivalente.
Em 22 de janeiro de 1982, foi inaugurada a alça de saída do Túnel Rebouças para a rua Jardim Botânico.
Em 14 de março de 1982, inauguração do viaduto Humberto Vital Bandeira Mello, na saída do Túnel Rebouças.
Em 19 de janeiro de 1985, a prefeitura assumiu a gerência do Parque Lage.
Em 3 de julho de 1986, tombamento do espelho d´água da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Em setembro de 1996, inauguração do Parque das Táboas, nas margens da lagoa Rodrigo de Freitas, localizado entre o Clube Caiçaras e o Estádio de Remo, ganhando deck flutuante, quadras de esporte e pistas de skate. Na mesma época continuava a obra de construção do Parque dos Patins, na área remanescente do antigo Tivoli Parque.
Em dezembro de 1996, o muro do Jockey Club da Avenida Mario Ribeiro é substituído por grades, após a construção de um posto de gasolina no local.
Em março de 1997, em terreno arrendado do Estado, nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, é realizado o lançamento da mega academia de ginástica Espaço do Corpo, localizado no terreno do antigo Drive-In e danceteria Mamão com Açúcar, do empresário Ricardo Amaral.
Em 1997, é montada a primeira árvore de natal flutuante da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Em abril de 2000, o muro do Jardim Botânico junto à rua Pacheco Leão é substituído por grades, permitindo a visão dos jardins.
No dia 28 de outubro de 2000, inauguração da ciclofaixa Lagoa - Jardim Botânico, com 220 metros de extensão, na rua General Garzon, se unindo à ciclovia existente na Rua Pacheco Leão, com 880 metros de extensão.
Em setembro de 2005, conclusão da restauração da capela Nossa Senhora da Cabeça, a mais antiga da cidade, erguida em 1604 no alto da rua Faro.
Em 6 de novembro de 2006, início da remoção da invasão do Jardim Botânico.
Em dezembro de 2016, foi aberto ao público o Parque das Figueiras, com área de 18 mil metros quadrados, construído no local das competições de remo e canoagem dos Jogos Olímpicos de 2016.
Cronologia do transporte coletivo
1841 Início dos ônibus de tração animal extraordinários para o Jardim Botânico
1871 Inauguração do bonde de tração animal
1904 Chegada do bonde elétrico
1963 Fim do bonde
1963 Primeira linha de ônibus elétrico da CTC
1969 Fim do ônibus elétrico
1975 Primeira linha de frescão
1981 Primeira linha de ônibus integrada ao Metrô.
REFERÊNCIAS:
Modificações no trânsito de veículos na Ponte de Tábuas começará amanhã. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 16 março 1972. p.14.