Histórico
Em 1825, foi criado o Imperial Observatório Astronômico do Morro do Castello, instalado em 1845 sob a direção do Doutor Soulier de Sauve.
Em 1831, através da Lei Feijó, o tráfico de escravos foi proibido no Brasil.
Em 7 de abril de 1831, Dom Pedro II abandona precipitadamente o Rio de Janeiro, deixando seu filho ao cuidados de José Bonifácio.
Texto - A Cidade em 1832
Em 1840, foi constituída a Companhia da Estrada de Botafogo para a reconstrução da Estrada de Botafogo, compreendida entre a Ponte do Cattete (atual Praça José de Alencar) e a Estrada do Caminho de São Clemente.
Na segunda metade do século XVIII, proveniente do Maranhão, foi plantada a primeira muda de café na cidade do Rio de Janeiro, na horta dos frades capuchinhos, na rua dos Barbanos em Santa Teresa. Em seguida foram transferidas para Campo Grande, na serra do Mendanha e depois para o vale do Paraíba fluminense, quase desabitado, com clima e solo favoráveis.
Em 1851, foi instalada a primeira linha de telégrafo do Brasil, em caráter experimental, entre o Quartel da Polícia da rua dos Barbonos (atual Evaristo da Veiga) e o Telégrafo Semáforico do Morro do Castello. No ano seguinte foi instalada uma linha entre a Quinta da Boa Vista e o Quartel General, passando por São Cristóvão e pelo Aterrado. Em 1857, foi inaugurada uma linha entre o Rio de Janeiro e Petrópolis.
Vista da Alfândega e do Morro do Castello
Eugene Ciceri 1852
Em 1852, o negociante Ireneo Evangelista de Sousa propôs ao Governo Imperial a construção de um canal no mangue da Cidade Nova, desde o Rocio Pequeno (atual Praça Onze) até a Ponte do Aterrado (atual Trevo das Forças Armadas), exigindo uma indenização de 184 contos de réis.
Em julho de 1853, o matadouro, que gerava tantos inconvenientes, foi transferido da Praia de Santa Luzia para o aterrado de São Cristóvão. Posteriormente foi transferido para Santa Cruz.
Em dezembro de 1855, foi lançado um cabo submarino entre a Ponta da Saúde e o Porto de Mauá no fundo da baía de Guanabara. O primeiro cabo telegraphico submarino do Brasil e talvez da América do Sul.
Entre 1856 e 1859, a província do Rio de Janeiro produz 63.804.764 arrobas de café, enquanto as províncias de São Paulo e Minas Gerais, juntas, produzem apenas um quarto deste total. A cidade de Vassouras ganha o título de maior produtora de café do mundo. Em 1894 a produção despencou para 20% do total.
Em outubro de 1858, a população reclamava do mau estado de conservação da ponte de madeira do Aterrado, localizada no atual Trevo das Forças Armadas, construída por volta de 1810, que permitia a ligação do Aterrado (atual Avenida Presidente Vargas) ao Caminho de São Christóvão (atual rua Joaquim Palhares).
Em 1858, foi fundado o Colégio de São Bento, junto ao Mosteiro de mesmo nome. Em 1921 foi fundada a Escola Teosófica, transformada em faculdade em 1970 aberta aos não monges.
Correio Mercantil, 07/01/1860, p.1
Igreja de Santa Anna, localizada no campo de mesmo nome, construída em 1735
e demolida em 1857 para a construção da Gare Dom Pedro II
Campo de Santa Anna em 1860
Em 1864, a companhia inglesa The Rio de Janeiro City Improvements Company Limited, após 2 anos de obras, inaugura a estação de elevação e tratamento de esgotos da Glória, atendendo a 1.200 casas, das 14.600 existentes na cidade. No ano seguinte foi inaugurada a estação de tratamento da Gamboa, localizada entre as ruas da Gamboa e do Santo Cristo. A terceira estação de tratamento, é inaugurada em 1866, na rua Dom Gerardo, esquina com rua Primeiro de Março. O Rio de Janeiro foi a segunda capital a dispor de rede de coleta e tratamento de esgotos, atrás somente de Londres, inaugurado em 1815.
Rocio
Foto Marc Ferrez, colorizada
Em 10 de outubro de 1867, foi aberta ao tráfego a Estrada da Tijuca, permitindo o acesso a um dos climas mais salubres da província. Até então a população estava obrigada a se deslocar para Petrópolis, Teresópolis ou Nova Friburgo para desfrutar de clima ameno.
Em 29 de julho de 1868, é inaugurado o Asylo de Invalidos da Patria na Ilha do Bom Jesus (atual Cidade Universitária), junto ao Convento dos Franciscanos e Igreja de mesmo nome erguida em 1704.
Em 1874, a Comissão de Embellezamento da Cidade do Rio de Janeiro planeja a abertura de um Boulevard entre a Praia dos Mineiros e o Andarahy-Grande, correspondendo a atual Avenida Presidente Vargas prolongada até a Tijuca.
Em 10 de outubro de 1874, é inaugurado o dique Santa Cruz da Ilha das Cobras.
Mapa - Architectural da Cidade do Rio de Janeiro 1874
Em 1876, foi iniciada a construção da Estrada de Ferro Rio do Ouro para o transporte de materiais de construção das adutoras do sistema Acari. O primeiro trem só circulou em 1883. O sistema Acari leva águas de cinco unidades da Serra do Tinguá: São Pedro, Rio do Ouro, Tinguá, Xerém e Mantiquira, até o reservatório do Pedregulho em Benfica.
Em 13 de junho de 1880, é realizada uma esplêndida festa marítima com regattas e iluminação na Praia de Botafogo para comemorar o 3º Centenário de Camões.
Em 2 de dezembro de 1882, é inaugurado o novo prédio do Paço Municipal, localizado entre as ruas de São Pedro e do General.
Cartão postal circulado em 1905
Brazil Illustrado 1887
População
1581 150 Colonos
1585 3.850 A maioria índios, 750 portugueses e 100 africanos
1702 12.000
1763 20.000
1800 50.000 A mais populosa do Brasil
1886 298.000
REFERÊNCIAS:
Os trilhos da Estrada de Ferro da Tijuca. A Voz da Nação. Rio de Janeiro. 02 outubro 1858. p.3.
SOUZA, Augusto Fausto de. A Bahia do Rio de Janeiro: sua historia e descripção de suas riquezas. 1882. Rio de Janeiro. p.48.
BERGER, Paulo. As Freguesias do Rio Antigo, vistas por Noronha Santos. Edições O Cruzeiro. Rio de Janeiro. 1965, junho.
CAVALCANTI, Nireu. O Rio de Janeiro Setecentista, a Vida e a Construção da Cidade da Invasão Francesa até a Chegada da Corte. 2014
FILHO, Nestor Goulart Reis. Evolução Urbana do Brasil, 1500-1720
SANTOS, Paulo. Quatro Século de Arquitetura, 1965
SANTOS, Paulo. Formação de Cidades no Brasil Colonial, 1968
TEIXEIRA, João. Descrição de todo o marítimo da Terra de Santa Cruz chamado vulgarmente o Brasil. 1640. Coleção Cartográfica da Torre do Tombo, Lisboa, Portugal.
WETZEL, Herbert Ewaldo. Mem de Sá, Terceiro Governador Geral (1557-1572). Conselho Federal de Cultura. Departamento de Imprensa Nacional. Rio de Janeiro. 1972.