1502 - 1599

Histórico

Antes da chegada dos portugueses o atual estado do Rio de Janeiro era habitado por diversas tribos indígenas que falavam mais de 20 línguas diferentes. Não conheciam a escrita ou a metalurgia e algumas tribos apreciavam a carne humana.

Em primeiro de janeiro de 1502, foi feito o reconhecimento oficial da Baía de Guanabara pela esquadra portuguesa de André Gonçalves, onde o cosmógrafo florentino Américo Vespucci tinha o comando de um navio. Em janeiro de 1504, o navegante português Gonçalo Coelho entra na baía de Guanabara, desembarcando e tendo contato com os índios. 

Em abril de 1531, chegada da expedição dos irmãos Pero Lopes de Souza e Martim Afonso de Sousa. Permanecem três meses na baía de Guanabara, onde fabricam pequenas embarcações. Próximo à barra do Rio Carioca, Pero Lopes constrói uma casa forte de pedra, que passa a ser conhecida pela população indígena como Carioca, ou seja, casa de branco.

Em 1534, Martim Afonso de Sousa recebe a Capitania de São Vicente composta de duas partes, a primeira entre Bertioga e Cananéia/Ilha do Mel e a segunda entre o rio Macaé e Caraguatatuba, separadas pela Capitania de Santo Amaro. A segunda parte foi abandonada e acabou sendo invadida pelos franceses.
 
Em 10 de novembro de 1555, os franceses fundam na baía de Guanabara a França Antártica na Ilha de Sergipe, atual Villegaignon, comandados por Nicolau Durand de Villegaignon. Por doze anos resistiram às investidas portugueses, fundaram um arraial e construíram o Forte de Coligny.

Em 1556, uma epidemia mata cerca de 800 índios tamoios, aliados dos franceses.

Em 1558 Mem de Sá assume o governo geral do Estado do Brasil, permanecendo no cargo até 1572.

Em 1560, após 5 anos de negociações diplomáticas sem sucesso, foi organizada a primeira expedição militar portuguesa, liderada por Mem de Sá, para expulsar os franceses da baía de Guanabara. Em 15 de março de 1560, as tropas lideradas por Mem de Sá destroem o forte de Colgny. Os franceses foram expulsos mas retornaram e se instalaram na Aldeia de Uruçumirim no atual Morro da Glória. Segundo relatos havia mais de 70 franceses e cerca de 800 índios tamoios aliados.

Um dos maiores incentivadores de fundação de uma cidade na baía de Guanabara, consolidando a presença portuguesa na região, foi o Padre Manoel da Nóbrega que dizia que o Rio de Janeiro "era a milhor cousa do Brasil", quiçá profetizando seu futuro. O próprio faleceu no Rio de Janeiro em 1570, no Colégio dos Jesuítas.

Em 28 de março de 1565, o comandante Estácio de Sá ancora na praia entre o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão. No dia seguinte funda a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no atual Forte de São João. No local foi erguida uma capela em louvor à São Sebastião.




Em 9 de março de 1565, Cristovam Monteiro recebe a sesmaria de Santa Cruz.

Em primeiro de julho de 1565, o jesuíta Gonçalo de Oliveira, que participou da batalha de expulsão dos franceses, recebe a primeira sesmaria da cidade, situada entre Inhaúma e o rio Iguassu, atual Rio Comprido, passando por Benfica e pela Tijuca. Também recebeu o terreno para a construção do Colégio dos Jesuítas no morro do Castello.

Em 24 de julho de 1565 é realizada a cerimônia de posse das terras públicas, nas proximidades da foz do rio Carioca, no atual bairro do Flamengo.

Não há tempo nem oportunidade para recuarmos; porque de um lado nos cercam estas penhas e do outro as águas do Oceano; e pela direita e à esquerda os inimigos; só podemos romper o cerco dabandando-os” … Estácio de Sá aos seus companheiros de viagem no momento de Fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

No mesmo ano foi criado o poder Legislativo, composto por um procurador e um juiz ordinário.
 
"Era atribuição da Câmara a administração urbana da cidade, que incluía secamento de pântanos e lagoas, abertura de ruas, consertos de fortificações e concessão de terras públicas. Também atuava no combate ao crime e funcionava como um tribunal de pequenas causas. Além disso, era responsável pela manutenção do pelourinho [1], um poste de alvenaria ou madeira com o brasão do Município onde eram afixadas ordens do Rei, sentenças e punições de pequenos delitos." Site Câmara Municipal
 
[1] - do Francês pilori, sinônimo de coluna de pedra, levantada em praça pública, junto da qual se expunham e castigavam os criminosos.

Dando prosseguimento ao projeto de colonização da Capitania, o entorno da baía de Guanabara foi ocupado pelos seguintes colonos, através do sistema de sesmarias:

1565        Braz Cubas (cristão novo), entre os rios Merity e Sarapuhy
1565        Cristóvão Monteiro, entre os rios Sarapuhy e Iguaçu
1571        Gaspar Sardinha, entre os rios Iguaçu e Inhomirim
1565        Inácio de Bulhões, entre os rios Inhomirim e Suruí
1566        Cristóvão Barros, entre os rios Suruí e Magé
1565        Simão da Mota, entre os rios Magé e Guapi-merim
1565        Aldeia São Barnabé (Jesuítas) entre os rios Guapi-merim e Guaxindiba
1567        Itaborahy, entre os rios Macacu e Casserebu
1573        Aldeia do Índio Araribóia, atual Niterói
1579        Gonçalo Gonçalves, abaixo do rio Guaxindiba, atual São Gonçalo

Depois de várias batalhas, em 18 de janeiro de 1567, uma grande esquadra proveniente de Lisboa com Mem de Sá chega ao Rio de Janeiro, se juntando às tropas de Estácio de Sá, com ajuda dos índios temiminós liderados por Araribóia, para expulsar os franceses e os índios tamoios, seus aliados. 

Dois dias depois atacam o reduto francês da colina de Uruçu-mirim, atual Morro da Glória, dispersando os inimigos para a Ilha do Governador que abandonam a região definitivamente. O conflito, com baixas em ambos os lados, feriu com uma flecha Estácio de Sá, que faleceu dois dias depois. 
 
A cidade foi então transferida do sopé do Morro Cara de Cão para o Morro do Descanso ou de São Januário, depois conhecido como Morro do Castello, local mais apropriado para a defesa, urbanização e ancoramento de embarcações.

Em 1567, foi aberta a Ladeira da Misericórdia, a primeira via pública, ligando a praia ao alto do Morro dos Castello onde foram erguidas as seguintes construções:

Casa Grande da Câmara
Cadeia Pública
Igreja dos Padres
Armazéns
Casas telhadas e sobradadas 
Muro com 4,40 metros de altura

Também foi iniciada no alto do Morro do Castello a construção do Forte de São Januário, depois renomeado para Forte de São Sebastião.

Na parte baixa foi iniciada a construção da bateria de Santiago, no local de uma antiga fortificação construída pelos franceses. A bateria foi ampliada em 1603 transformando-se na Fortaleza de Santiago, no local do atual Museu Histórico Nacional. A maior parte do forte foi demolido em 1959 para a construção da Avenida Perimetral, sobrando apenas o pátio.


Alto do Morro do Castello por volta de 1600
Johann Jacobb Steinmann 
Coleção Pinacoteca do Estado de São Paulo
 

Em seguida foram abertas as ladeiras da Ajuda e do Cotovelo, que determinaram a abertura das ruas da várzea. A ocupação da parte baixa, dominada por mangues, charcos e lagoas, inundáveis em períodos de chuva e menos protegidas se deu cerca de 40 anos depois.
 
Ainda 1567, foi realizada a primeira eleição para a Câmara dos Vereadores, votando todos os homens adultos, brancos, livres, com residência fixa e sem passado criminoso.

Em 4 de março de 1567, foi criada a Capitania Real do Rio de Janeiro, substituindo a segunda parte da Capitania de São Vicente.

Em 1567, o governador Salvador de Sá constrói um engenho de açúcar na Ilha do Governador.


Capela de Nossa Senhora da Conceição na Ilha do Governador 
construída em 1625 no engenho de Salvador de Sá
Foto Arquivo Nacional


Em 1568, toma posse o terceiro governador do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá, sobrinho de Mem de Sá, permanecendo no cargo até 1572.

Em 1568, substituindo a antiga capela de pau a pique com cobertura de palha erguida na Vila Velha, foi iniciada a construção da Igreja de São Sebastião no Morro do Castello, cujas obras foram paralisadas em 1572 no final de seu governo, sendo retomadas em 1578 e concluídas em 1583.

Em 15 de março de 1568, o Rei Dom Sebastião I autoriza a construção do Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro. A primeira aula foi realizada em 1575.

Em 17 de abril de 1568, foi realizada a primeira reunião deliberativa da Câmara.

Em 20 de fevereiro de 1569, foi criada a primeira freguesia da Capitania do Rio de Janeiro, com sede na Matriz e Igreja de São Sebastião do morro do Castello.

O embrião do povo fluminense foi formado no entorno da baía de Guanabara, com a implantação dos primeiros engenhos de açúcar, desde Itacuruçá até Maricá. Na região também era cultivados a mandioca, o feijão e legumes. A abertura das Estradas Gerais para Minas Gerais gerou o desenvolvimento do interior da província do Rio de Janeiro.

Em 1570, o Brasil contava com 65 engenhos, sendo 3 na Capitania do Rio de Janeiro.

Nos primeiros séculos a cidade cresceu em proporção ao desenvolvimento da indústria do açúcar que tomou maior impulso em meados dos 1600. A cidade se transformou num importante entreposto comercial dos engenhos espalhados em todo o recôncavo da baía de Guanabara, desde Maricá até Itacuruçá.

Número de Engenhos no Rio de Janeiro

1580        3
1590        3
1600        3
1610        13
1620        23
1630        35
1640        49
1650        98
1660        106
1670        114
1680        121
1690        129
1700        131

O desenvolvimento da indústria açucareira derruba a tese que o Brasil era uma colônia de exploração habitada por degradados. Pelo contrário, o sucesso do ciclo do açúcar comprova que o Brasil foi povoado por gente culta, empreendedora e relativamente rica, pois construir um engenho requeria pesados investimentos. Sem contar os desafios da logística de exportação para a Europa.

A maior parte dos engenhos do Rio de Janeiro pertenciam a cristãos novos, ou seja, judeus sefarditas que partiram de Portugal em busca de novos negócios e também de liberdade, em função de perseguições na Europa.

O sucesso do ciclo do açúcar no Brasil deve-se a pesados investimentos da comunidade israelita no Brasil, proporcionado pelo acúmulo de riquezas na Europa. 

O Rio de Janeiro era uma verdadeira empresa administrada pela coroa, um importante entreposto agroindustrial com sua produção integrada no mercado global, enquanto os brasileiros nativos, os índios, viviam na idade da pedra isolados e sem contato com outras culturas. 

O Ensino ficava a cargo dos jesuítas que eram funcionários públicos financiados pela coroa. 

Em 1570 morre Padre Manoel da Nóbrega, reitor do Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro, substituído pelo Padre José de Anchieta que permaneceu no cargo até 1573.

Em 1571, o governador Cristóvão de Barros constrói o Engenho Nossa Senhora da Conceição às margens da Lagoa de Sacopenapã, atual Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura do Parque Lage. Também conhecido como Engenho d´El-Rei.
 
Em 1572, a América Portuguesa foi dividida em dois Estados: o do Norte com sede na Bahia, e o do Sul com sede no Rio de Janeiro. 
 
Em 1572 já havia o cultivo de cana de açúcar no Andarahy, Gávea, Tijuca e Laranjeiras.


Mapa de Luiz Teixeira por volta de 1574
Fundação Biblioteca da Ajuda, Lisboa


Em 1575, construção da Ponte Salema, sobre o rio Carioca, na altura da atual Praça José de Alencar, facilitando o acesso ao Engenho d´El-Rei na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Em 1579, os Jesuítas inauguram seu primeiro engenho de açúcar, em sua sesmaria no atual bairro da Tijuca, nas proximidades da atual Igreja de São Francisco Xavier. Posteriormente passou a ser conhecido como Engenho Velho ou Pequeno.

No mesmo ano o normando Jacques Vaudeclayre, em missão secreta do governo francês, desenha a primeira planta da Cidade do Rio de Janeiro, que mostrava claramente as casas do Morro do Castello, a Fortaleza de São Januário, o Colégio dos Jesuítas, a guarita semafórica do Morro Cara de Cão, dois engenhos de açúcar em Botafogo, dois na foz do Rio Carioca, uma olaria na Praia do Flamengo e algumas casas disseminadas no Caminho de Manuel de Brito (Ladeira da Misericórdia). 

Em 1579, foi concluída a construção da Matriz de São Sebastião, para onde foram transladados os restos mortais de Estácio de Sá que haviam permanecido na vila velha.

Em 1579 Manuel Veloso recebeu a sesmaria de Guaratiba com cerca de 52 quilômetros quadrados.

Em 1581, o Rio de Janeiro contava com 150 colonos e 3 engenhos de açúcar. Em 1583, contava com três engenhos de açúcar dos 115 que existiam no Brasil.
 
Em 24 de março de 1582, Padre José de Anchieta funda a Santa Casa de Misericórdia, o primeiro hospital da cidade do Rio de Janeiro, situado aos pés do morro do Castello.

Por volta de 1582, os Jesuítas fundam o aldeamento indígena de São Barnabé, no atual bairro de Aldeia Velha de Itaboraí. Em 1601 a aldeia foi transferida para a foz do rio Macacu, atual Itambí.

Em 1583, é fundada a Igreja de São Francisco Xavier pelos jesuítas.

No mesmo ano, no morro de São Bento Aleixo Manoel edifica uma capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição, Rainha de Portugal. Em 1590, Manoel de Brito doa o morro aos monges Beneditinos, recém-chegados à cidade.

Em 1584, é construída a Bateria de Nossa Senhora da Guia, dando origem a Fortaleza de Santa Cruz de Niterói.  

Em 1589, dois monges beneditinos provenientes do Convento de São Bento da Bahia chegam ao Rio de Janeiro, fundando no ano seguinte o Mosteiro de São Bento. Depois dos jesuítas, foi a segunda ordem religiosa a se estabelecer no Rio de Janeiro. Em 1596 o Mosteiro já estava consolidado, em local apropriado, no alto do morro de São Bento. A Igreja atual foi construída entre 1633 e 1641. Em 1652 foi iniciada a construção do prédio do novo mosteiro, substituindo o antigo feito de taipa de mão. Em 1711, por ocasião da invasão francesa, o Mosteiro foi bombardeado, causando muito danos.

Também em 1589, chegaram os primeiros monges carmelitas liderados pelo Frei Pedro Viana. No mesmo ano recebem da Câmara a Capella de Nossa Senhora do Ó, localizada na atual rua Primeira de Março, convertida para a Capela da Ordem do Carmo. Em 1611 recebem o terreno contíguo à Capela onde em 1619 iniciam a construção do Convento do Carmo.  
 
Por volta de 1590, foi aberta a rua do Ouvidor, ainda com o nome de Desvio do Mar. A segunda rua perpendicular ao caminho de Manuel de Brito, atual rua Primeira de Março. 

Em 1591 o atual morro de Santo Antônio é destinado aos frades Carmelitas. No entanto, em 1607, os frades doam o morro de Santo Antônio aos Franciscanos. As ordens religiosas preferiam os altos dos morros em função de sua salubridade e relativo isolamento da vida urbana, além de melhores condições de defesa.

As capelas eram construídas nos outeiros (partes mais altas) para a população lembrar de olhar para o céu e olhar para Deus. 

Por volta de 1592 é aberto o caminho da Ajuda, entre a rua da Misericórdia, no sopé do antigo Morro do Castelo até a praia da Ajuda, na altura da rua Senador Dantas, contornando a antiga lagoa de Santo Antônio.

Em 1592, chegam os primeiros monges franciscanos que se estabelecem na Ermida de Santa Luzia à beira-mar, onde permanecem por 15 anos. Em 19 de março de 1607, o governador Martim de Sá doou o morro onde foi instalado o Convento de Santo Antônio. No local já havia uma capela dedicada à Santo Antônio. Em 4 de junho de 1608 foi lançada a pedra fundamental do convento e da Igreja. Para o acesso ao convento a Câmara ordenou abertura da rua São José, ligando a rua da Misericórdia ao Morro de Santo Antônio. Os frades ocuparam o convento em 7 de fevereiro de 1615. Com o passar dos anos o prédio do convento com um só piso se tornou insuficiente. Entre 1748 e 1780 foi construído o prédio atual.


Convento de Santo Antônio


No Século XVI, os jesuítas abrem uma estrada entre o Morro do Castelo e Santa Cruz, que na época de Dom João VI passou a ser denominada de Estrada Real de Santa Cruz.

Em 1596, foi iniciada a construção da Capella de Nossa Senhora da Apresentação no Irajá, concluída em 1613, substituindo as devoções particulares realizadas nos engenhos. A proximidade das capelas, junto aos engenhos, facilitava o acesso da população às missas, recebendo o nome de freguesias.

Em 1599, uma esquadra flamenga do almirante Olivier Van Noort tenta invadir a cidade sendo repelida pela bateria de Nossa Senhora da Guia, atual Fortaleza de Santa Cruz.

Vídeo - Caminhos da Cidade do Rio de Janeiro no século XVI


REFERÊNCIAS:

Os trilhos da Estrada de Ferro da Tijuca. A Voz da Nação. Rio de Janeiro. 02 outubro 1858. p.3.

BERGER, Paulo. As Freguesias do Rio Antigo, vistas por Noronha Santos. Edições O Cruzeiro. Rio de Janeiro. 1965, junho.

CAVALCANTI, Nireu. O Rio de Janeiro Setecentista, a Vida e a Construção da Cidade da Invasão Francesa até a Chegada da Corte. 2014

FILHO, Nestor Goulart Reis. Evolução Urbana do Brasil, 1500-1720

SANTOS, Paulo. Quatro Século de Arquitetura, 1965

SANTOS, Paulo. Formação de Cidades no Brasil Colonial, 1968

Barra da Tijuca ficou sem suas peças históricas. O Globo. Rio de Janeiro. 16 dezembro 1968. 

TEIXEIRA, João. Descrição de todo o marítimo da Terra de Santa Cruz chamado vulgarmente o Brasil. 1640. Coleção Cartográfica da Torre do Tombo, Lisboa, Portugal.

WETZEL, Herbert Ewaldo. Mem de Sá, Terceiro Governador Geral (1557-1572). Conselho Federal de Cultura. Departamento de Imprensa Nacional. Rio de Janeiro. 1972. 

PARANHOS, Paulo. A História do Rio de Janeiro. Primeira Edição. 1983.