Governo vai investir US$ 11,6 bi em obras

Um levantamento do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) apontou que as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro custarão US$ 11,6 bilhões aos cofres públicos em razão das obras de infraestrutura.
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê, relatou durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado que os gastos, em sua maioria, serão do governo federal, mas também haverá participação dos governos estadual e municipal, que farão parte da Autoridade Pública Olímpica, um consórcio interfederativo responsável pelas obras e pela segurança do evento.
Segundo Nuzman, os estudos do Ministério do Esporte sobre o impacto das Olimpíadas na economia brasileira mostram um retorno que compensará os gastos para realizá-la. Como exemplo, citou os Jogos Pan-Americanos de 2007, em que, para cada R$ 1 gasto houve retorno de R$ 2,1.
No caso das Olimpíadas, os números estimados são maiores em todas as áreas: 100 delegações farão aclimatação em cidades brasileiras; 205 países participarão das Olimpíadas; e, em média, 300 mil turistas virão ao Brasil para o evento.
De acordo com o presidente do Comitê, para os Jogos de 2016 está prevista a venda de 6,5 milhões de ingressos. Haverá, segundo ele, um grande volume de contratação de mão de obra especializada em diversas áreas. No próprio Comitê Organizador, o quadro de funcionários passará de 50 pessoas para quatro mil funcionários em 2016, e também estarão trabalhando 70 mil voluntários.
Aeroportos
Para ele, os aeroportos do País merecem grande atenção. “É uma preocupação que o Comitê Olímpico Internacional já nos transmitiu. Ela é enorme, inclusive temos uma Copa do Mundo antes. Para os Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro e São Paulo são vitais. Como estão hoje, eles (os aeroportos das duas cidades) dificilmente vão atender às necessidades. Nós temos ainda alguns anos pela frente, mas esses anos nos preocupam e apertam o coração”, disse.
“Os aeroportos necessitam de uma melhoria grande. De uma maneira geral, devem ser reestruturados e modernizados. Não existe nenhum segredo, ninguém quer fazer nada diferente daquilo que foi feito em aeroportos de cidades que organizaram a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos”, completou.