Autódromo: novo espaço terá pista de mais de 4.700 metros, bares, restaurantes e 10 mil vagas

Autódromo: novo espaço terá pista de mais de 4.700 metros, bares, restaurantes e 10 mil vagas

PROJETO

Publicada em 08/09/2010 às 23h39m
O Globo - 08/09/2010

O projeto do novo complexo automobilístico, que prevê espaço para kartódromo e permite traçado alternativo para receber competições de Fórmula Indy

RIO - A Federação de Automobilismo do Estado do Rio (Faerj) concluiu os estudos de um projeto conceitual para o traçado do novo autódromo que será construído em um terreno em Deodoro, na Zona Norte, que hoje pertence à União. O novo autódromo, que será um dos legados dos Jogos Olímpicos de 2016, prevê a construção de uma pista com 4.715,7 metros, cerca de 200 metros a menos que o antigo traçado do Autódromo Nelson Piquet, que foi descaracterizado em definitivo com a construção da Arena Multiuso, do Parque Aquático Maria Lenk e do velódromo para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e que hoje forma o núcleo inicial do futuro Parque Olímpico.

- O objetivo é termos um autódromo autossustentável, com áreas destinadas para cursos profissionalizantes, bares, restaurantes e estacionamento para pelo menos 10 mil veículos. As instalações propostas seguem a tendência de autódromos mais modernos - explicou o presidente da Faerj, Djalma Neves.

O formato de algumas curvas lembra, inclusive, trechos do antigo traçado do velho autódromo, no qual pilotos de antigas gerações da Fórmula 1 competiram quando as provas eram no Rio de Janeiro. Em um dos setores do terreno há espaço para a construção de um kartódromo. Algumas adaptações permitem ainda um traçado alternativo, como circuito oval, na eventualidade da cidade voltar a ser sede de uma das etapas da Fórmula Indy.

- A data do início das obras depende da conclusão dos estudos do Ministério do Esporte. O que já sabemos é que toda a temporada de automobilismo de 2011 ainda será no autódromo atual - acrescentou Djalma.
Os estudos foram encomendados pelo atual secretário nacional de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, que está para mudar de funções. Nesta quarta-feira, no Rio, o ministro do Esporte, Orlando Silva, confirmou que Leyser será o futuro presidente da Empresa Brasileira de Legado Esportivo (Brasil 2016), que será responsável, no plano federal, por monitorar os projetos e realizar ações para o evento. A equipe contará, entre outros, com a atual presidente da Embratur, Jeanine Pires. A Brasil 2016 foi criada em maio por medida provisória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, quatro meses depois, a MP ainda não foi votada pelo Congresso.

A desativação total do Autódromo Nelson Piquet para a conclusão das obras do Parque Olímpico ainda não tem data. No mês passado, o Ministério do Esporte contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para complementar estudos de viabilidade econômica da nova pista, assim como das instalações que atenderão a Rio 2016 a serem instaladas na Zona Portuária:

A Faerj, por delegação da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), é a responsável pelos projetos e a homologação da pista para competições internacionais. Um acordo judicial celebrado pela prefeitura antes dos Jogos Pan-Americanos prevê que o autódromo Nelson Piquet só seja desativado após a entrada em funcionamento da nova pista.