Mercado já faz ajuste

04/11/2012 - Extra, Lara Mizoguchi

Embora alguns bairros do Rio ainda apresentem preços acima do razoável, especialistas falam em estabilização

Que os valores dos imóveis no Rio estão altos, não há como negar. Em setembro, o Índice FipeZap - que tem como base seis capitais e o Distrito Federal - apontou que o valor do metro quadrado carioca passou a ser o mais caro do Brasil, custando, em média, R$8.358. Mas especialistas do mercado imobiliário indicam que os valores, ao menos em alguns pontos, devem começar a se estabilizar.
- Houve um aquecimento de mercado e o que estava represado teve uma adequação, aqueceu e aumentou. Os valores dos imóveis, que estavam num crescimento de 20%, tendem, agora, a se estabilizar e subir de forma normal - afirma José Carlos Martins, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), José Conde Caldas, diz que em algumas regiões os valores não devem subir tanto. Em outras, seguem em alta.
- Eu acredito que, com esse pico que houve no ano passado, tanto de lançamentos (foram 25 mil unidades, em 2011) como de valorização, chegamos a um momento em que, na Zona Sul, não dá para subir mais do que a inflação. Ou seja, vai aumentar cerca de 10% ao ano. Outras áreas, como Tijuca e subúrbio, são mercados novos, em que os preços estão muito baixos. Lá, ainda devem valorizar na faixa de 30% ao ano - aposta.
Caldas descarta uma possível bolha imobiliária:
- A fidúcia (confiança) deu a garantia para os bancos voltarem a financiar. Enquanto a demanda for maior do que a oferta, não tem risco.


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