FIM
Publicada em 28/04/2010 às 15h22m
O Globo - 28/04/2010RIO - Na manhã desta quarta-feira, comerciantes que trabalhavam no camelódromo da Central do Brasil,destruído pelo fogo no início da semana, entraram nos escombros com a intenção de resgatar mercadorias. Logo depois, a prefeitura deu início ao processo de demolição das estruturas de ferro dos estandes com uma retroescavadeira.
Veja fotos do incêndioVeja fotos do camelódromo no dia seguinte ao incêndioNesta terça-feira, indignados com a possível transferência para outro local da cidade, os comerciantes apresentaram um documento manifestando intenção de permanecer no mesmo endereço. Eles temem que a Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do estado (Coderte), proprietária do terreno, recupere a área para a construção de um novo complexo rodoviário - intenção já manifestada pela companhia.
Participe do debate sobre o tema Camelôs no site da campanha 'Dois Gritando'Os comerciantes conseguiram o apoio do advogado Carlos Nicodemos, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB. Ele destacou duas cláusulas do contrato entre a Coderte e a associação de vendedores, em defesa destes últimos. Um deles prevê que, em caso de incêndio, a empresa pode recuperar o terreno, mas precisaria notificar os comerciantes 90 dias antes. Outra prevê que os comerciantes podem reerguer o que foi atingido pelo fogo. O incêndio destruiu 18 mil metros quadrados, de uma área de 32 mil.