LAZER


Publicada em 04/08/2010 às 23h10m
Simone Candida - o Globo - 04/08/2010
RIO
- O projeto do Parque Bossa Nova - que ocupará a área onde hoje funciona sozinho o 23º BPM (Leblon - será apresentado, nesta quinta-feira à noite às associações de moradores do Leblon, de Ipanema e da Gávea num encontro com o arquiteto Jaime Lerner, autor da ideia. Com pelo menos 25 mil metros quadrados de área verde, a intervenção está orçada em cerca de R$ 68 milhões. O local, que será a maior praça da Zona Sul, não será gradeado e vai abrigar museu, teatro, auditório, café e bistrô, além do batalhão, que continuará no mesmo endereço.
- Serão duas construções. Numa delas, haverá um museu com três mil metros quadrados de espaço para exposições. Já o segundo prédio, anexo, vai abrigar um teatro e um auditório, com capacidade para 250 e 200 pessoas respectivamente, além de uma área com opções de lazer de pequeno porte, como café, bistrô e livraria. O batalhão da PM será mantido no local e vai ganhar novas instalações, com projeto também de Jaime Lerner - explica o subsecretário estadual de Urbanismo, Vicente Loureiro.
Todo o projeto ficará pronto em um ano e meioO parque, garante o subsecretário, ocupará a maior parte dos 40 mil metros quadrados do terreno. O prédio principal e a praça devem ser concluídos em nove meses. Todo o projeto ficará pronto em 18 meses.

O encontro desta quinta terá o objetivo de esclarecer aos moradores alguns pontos polêmicos do parque. A licitação das obras, previstas para serem iniciadas ainda este ano, deve ser lançada nas próximas semanas.
- Tivemos diversos encontros com as associações de moradores, que, inclusive, fizeram a exigência, por nós aceita, de que o batalhão da PM permanecesse ali. O parque terá uma área verde que é três vezes o tamanho da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Vai ser a maior praça da Zona Sul. Optamos por incluir alguns equipamentos, como um café para atender os que forem ao museu e ao teatro - diz Vicente Loureiro, acrescentando que o arrendamento das lojas poderá ajudar no custo de manutenção do parque.
AMA-Leblon teme destino igual ao do Dois IrmãosPara a presidente da Associação de Moradores do Leblon (AMA-Leblon), Evelyn Rosenzweig, a reunião com o arquiteto Jaime Lerner vai servir para os moradores tirarem dúvidas e terem a chance de discutir alguns pontos do projeto ainda obscuros.
- Queremos saber o que vai ser realmente feito ali. Para nós, aquele espaço deveria ser algo como o Central Park de Nova York, sem necessidade de construções como teatros ou restaurantes. O bairro do Leblon já tem bastante entretenimento. Para os moradores, o ideal é que ele fosse uma grande área de lazer, que tivesse uma ciclovia ou equipamentos esportivos - defende Evelyn, que diz temer, por exemplo, que o lugar tenha o mesmo destino de abandono do Parque Dois Irmãos, no Alto Leblon.