Moradores do Jardim Botânico temem que novo prédio comercial piore trânsito


Apreensão
Publicada em 13/08/2010 às 23h14m
O Globo
RIO - Moradores do Jardim Botânico estão preocupados com os reflexos no trânsito de um novo empreendimento no bairro, como demonstra reportagem de Ediane Merola na edição deste sábado do GLOBO. Um edifício comercial, de sete pavimentos, deverá ser erguido a partir do ano que vem na Rua Jardim Botânico, num terreno em frente ao Hospital da Lagoa, onde até junho funcionava um posto Shell 24 horas. Moradores, que diariamente já sofrem com os engarrafamentos na via, temem que o novo prédio sobrecarregue ainda mais a rua e as vias internas do bairro. O projeto de construção, da João Fortes Engenharia, está em análise na prefeitura.
CET-Rio já deu autorização para o projetoO terreno, de 1.450 metros quadrados, ocupa o quarteirão entre as ruas Conde Afonso Celso e Oliveira Rocha. Presidente da Associação de Moradores do Jardim Botânico, Alfredo Piragibe disse que a entidade foi consultada sobre a construção do prédio. De acordo com ele, no projeto, o acesso dos carros ao edifício será na Conde Afonso Celso e a saída, na Oliveira Rocha. Apesar de a João Fortes afirmar que não haverá impacto no trânsito da região, Piragibe disse que inevitavelmente ocorrerá um aumento do fluxo de veículos, principalmente na Praça Pio Onze, próxima ao terreno.
- Será prejudicial para os moradores. A praça hoje não tem movimento, é muito usada por crianças - disse ele, que, no entanto, vê benefícios na construção do prédio. - O posto era muito tradicional, funcionava 24 horas, mas o serviço estava ruim ultimamente. O novo prédio terá lojas, isso vai ajudar a revitalizar o comércio na região. E é melhor ser assim do que mais um prédio residencial. À noite, as pessoas vão embora. Com isso, não haverá impacto nas vagas de rua usadas pelos moradores.
A previsão é que as obras sejam realizadas em 19 meses. Segundo a João Fortes, o prédio terá dois subsolos de garagem, mais um térreo com lojas, um andar de estacionamento, quatro para salas comerciais e uma cobertura. Ao todo, serão 82 vagas para veículos. Segundo Luiz Henrique Rimes, diretor nacional de Negócios da João Fortes, existe a possibilidade de o edifício ser comprado por uma empresa.
De acordo com Luiz Henrique, a João Fortes já obteve aprovação da CET-Rio para o relatório de impacto de trânsito.
Leia a íntegra desta reportagem na edição de O Globo digital (disponível somente para assinantes)