13/08/2012 - O Globo, Artigo de Sérgio Magalhães
Três atributos caracterizam historicamente os centros das cidades: melhor acessibilidade, lugar mais bem infraestruturado, repositório dos equipamentos mais representativos. O Centro é o espaço da identidade cidadã. As principais cidades mundiais reconhecem esse caráter vital. Assim, cuidam para que seus centros preservem aqueles três atributos.
Diferentemente, o Rio pouco investe em sua área central. Desde a construção do metrô, nos anos 1970, o Rio prioriza outras áreas. Há correlação entre decadência do Centro, degradação da Zona Norte, expansão em baixa densidade para Oeste, escassez de serviços, aumento da violência.
O aproveitamento do Porto como novo polo de desenvolvimento vale como dádiva, após décadas de decadência do Centro. O acordo entre as três esferas de governo foi alcançado quando o Rio ganhou a Olimpíada.
Os Jogos são aglutinadores de esforços. Juntar Olimpíada e Porto, implantando equipamentos de interesse olímpico na região, associaria o Centro aos Jogos e si-nalizaria sua recuperação.
O Porto Olímpico é fruto da sábia decisão de levar para lá as Vilas de Mídia e Árbitros. Um concurso público de arquitetura escolheu os melhores projetos. Há pouco, foi anunciada a construção de 1.300 apartamentos, hotéis, apart-hotéis e edifícios comerciais. Não podemos minimizar as dificuldades superadas. A quatro anos dos Jogos, não podemos perder tempo e energia.
No Porto Olímpico, pode-se construir outras três mil habitações. Um Centro de Convenções seria útil aos Jogos e à cidade. In-vestir aí fortalecerá São Cristóvão. O eixo olímpico Deodoro-Engenhão-Maracanã-Sambódromo é um estímulo à recuperação do corredor Central do Brasil.
Se a PPP da área portuária garante a obra de infraestrutura, o sucesso do Porto Maravilha depende da mais pronta ocupação de terrenos disponíveis e da qualidade urbana. É fundamental a diversidade de usos, comerciais, corporativos, culturais e residen-ciais - gente de toda renda, as que já moram e as que vão chegar. Não convém apostar muitas fichas em prédios com 50 andares, que não são poderosos ímãs do desenvolvimento, como alguns imaginam, e podem ser miragem.
É boa a parceria entre os Jogos, o Porto e o velho Centro - se recuperado em acessibilidade, infraestrutura e patrimônio. O lugar onde o Brasil construiu sua identidade.
Três atributos caracterizam historicamente os centros das cidades: melhor acessibilidade, lugar mais bem infraestruturado, repositório dos equipamentos mais representativos. O Centro é o espaço da identidade cidadã. As principais cidades mundiais reconhecem esse caráter vital. Assim, cuidam para que seus centros preservem aqueles três atributos.
Diferentemente, o Rio pouco investe em sua área central. Desde a construção do metrô, nos anos 1970, o Rio prioriza outras áreas. Há correlação entre decadência do Centro, degradação da Zona Norte, expansão em baixa densidade para Oeste, escassez de serviços, aumento da violência.
O aproveitamento do Porto como novo polo de desenvolvimento vale como dádiva, após décadas de decadência do Centro. O acordo entre as três esferas de governo foi alcançado quando o Rio ganhou a Olimpíada.
Os Jogos são aglutinadores de esforços. Juntar Olimpíada e Porto, implantando equipamentos de interesse olímpico na região, associaria o Centro aos Jogos e si-nalizaria sua recuperação.
O Porto Olímpico é fruto da sábia decisão de levar para lá as Vilas de Mídia e Árbitros. Um concurso público de arquitetura escolheu os melhores projetos. Há pouco, foi anunciada a construção de 1.300 apartamentos, hotéis, apart-hotéis e edifícios comerciais. Não podemos minimizar as dificuldades superadas. A quatro anos dos Jogos, não podemos perder tempo e energia.
No Porto Olímpico, pode-se construir outras três mil habitações. Um Centro de Convenções seria útil aos Jogos e à cidade. In-vestir aí fortalecerá São Cristóvão. O eixo olímpico Deodoro-Engenhão-Maracanã-Sambódromo é um estímulo à recuperação do corredor Central do Brasil.
Se a PPP da área portuária garante a obra de infraestrutura, o sucesso do Porto Maravilha depende da mais pronta ocupação de terrenos disponíveis e da qualidade urbana. É fundamental a diversidade de usos, comerciais, corporativos, culturais e residen-ciais - gente de toda renda, as que já moram e as que vão chegar. Não convém apostar muitas fichas em prédios com 50 andares, que não são poderosos ímãs do desenvolvimento, como alguns imaginam, e podem ser miragem.
É boa a parceria entre os Jogos, o Porto e o velho Centro - se recuperado em acessibilidade, infraestrutura e patrimônio. O lugar onde o Brasil construiu sua identidade.