Projetos na Baixada já totalizam R$ 5 bilhões

25/03/2013 - Jornal do Commercio, Matheus Gagliano

Arco Metropolitano é o indutor de investimentos na região. Especialistas ressaltam que obras de infraestrutura são fundamentais para evitar crescimento desordenado

Cerca de R$ 5 bilhões em obras estão em andamento na Baixada Fluminense, que inclui o Arco Metropolitana, orçado em R$ 1,1 bilhão. Os números são do vice-governador Luiz Fernando Pezão, que divulgou os dados em um evento em Nova Iguaçu. Pezão citou o projeto do arco como um modelo que impulsionará a economia da Região Metropolitana, não apenas para a Baixada Fluminense.
"É uma oportunidade única. Há muitas empresas querendo se instalar ao longo do Arco Metropolitano e diversas programas habitacionais. É a oportunidade que a Baixada tem para gerar emprego e renda", destacou Pezão, acrescentando que a expectativa é de entregar a rodovia até março de 2014.
O especialista em Competitividade Industrial e de Investimentos da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), Riley Rodrigues, destacou ainda outros investimentos de grande porte na região, como a base offshore da Petrobras para a exploração do pré-sal, a base naval de submarinos da Marinha, além da expansão do Porto de Itaguaí.
Riley disse que o Arco Metropolitano é grande indutor desses investimentos, já que ele encurta a ligação direta do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) com a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e a base de exploração do pré-sal. "O Arco Metropolitano será o maior corredor do setor petroquímico. Além disso, ainda existe uma área virgem com espaço para investimentos entre Nova Iguaçu e Itaguaí", acrescentou.
Planejamento
Rodrigues lembrou, no entanto, que é preciso criar um planejamento de infraestrutura adequado para a provável chegada de empresas que se instalarão ao longo do Arco Metropolitano, o que eliminaria problemas futuros. Ele ressaltou que a Firjan fez um estudo, chamado Visões do futuro - potencialidades e desafios para o estado, que analisa a chamada Região Baixada Fluminense I, que inclui os municípios de Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Paracambi, Queimados e Seropédica, e aponta as melhores soluções para o grande volume de investimentos esperados para a região.
"O acesso a essa área tem de ser feito antes das empresas chegaram. Precisa ter saneamento, energia elétrica, telefonia e isso tem de ser feito antes, do contrário gerará uma demanda grande para uma oferta pequena", salientou, lembrando que o desenvolvimento previsto na região também acarretará em aumento populacional.
"Para isso é necessário que exista toda uma infraestrutura para permitir a ocupação delas, como transporte, postos de saúde, entre outros. É preciso evitar problemas de crescimento desordenado, com fábricas instaladas em áreas específicas para ocupação urbana e vice-versa", afirmou.