Prédio, que pertence ao grupo de Eike Batista, pode passar para as mãos da Bourbon Hotéis & Resorts
POR RAFAEL GALDO
27/03/2015 - O Globo

Fachada da antiga sede do Clube de Regatas do Flamengo - Marco Antônio Teixeira (Foto de arquivo) / O Globo
RIO - Uma luz no fim do túnel para a novela em que se transformou a recuperação da antiga sede do Clube de Regatas do Flamengo, na Avenida Rui Barbosa 170, próximo ao Morro da Viúva e ao Aterro. A rede de hotéis Bourbon confirmou na terça-feira que está em fase de negociação com o Grupo EBX, do empresário Eike Batista, para operar o Edifício Hilton Santos, conforme informou a coluna Gente Boa. O prédio dos anos 1950 vem sofrendo com o abandono desde a crise que atingiu as empresas de Eike, o que impediu que o projeto de transformá-lo num hotel quatro estrelas, com 454 quartos, saísse do papel.
De acordo com a Rede Bourbon Hotéis & Resorts, os planos do grupo são abrir dez novos hotéis nos próximos dois anos. Mas, ao corroborar que negocia com a EBX, não informou um prazo para concretizar o possível acordo. Atualmente, a rede já tem um hotel no Rio, o Bourbon Barra Premium, com 178 apartamentos. Fora da cidade a rede possui ainda unidades em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Já a EBX informou, em nota, que por enquanto não comentará o assunto. Já o Flamengo afirmou ainda não ter sido oficialmente comunicado pela EBX sobre as novas negociações para passar a operação do prédio à rede Bourbon.
Em janeiro de 2012, o Conselho Deliberativo do Flamengo tinha aprovado a proposta de assinar um contrato de concessão do prédio à empresa REX, braço imobiliário do grupo, por 25 anos. Os planos de Eike eram abrir ali, para as Olimpíadas de 2016, o Hotel Parque do Flamengo, com investimentos de R$ 100 milhões em reformas. Moradores que viviam nos apartamentos do edifício, no entanto, se recusavam a deixá-los. E, após brigas que chegaram ao Ministério Público ao longo de 2012, o Hilton Santos foi desocupado.

Fiscais fazem choque de ordem em antigo prédio do Flamengo no Morro da Viúva - Divulgação / Divulgação: Seop
O projeto, no entanto, não escapou da crise do conglomerado de Eike. No fim de 2013, o então vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, chegou a vir a público para informar que não havia chance de o terreno ser devolvido ao clube antes do fim do acordo de 25 anos com o Grupo EBX. Apesar disso o prédio caiu no abandono. Janelas quebradas e pichações são os sinais mais visíveis da situação.
Em dezembro do ano passado, no entanto, uma operação conjunta da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), da Guarda Municipal, da Vigilância Sanitária, da Defesa Civil e da Columrb encontrou grande quantidade de lixo, vários pontos de vazamento de água e gás e muitos ratos e caramujos africanos no edifício.
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