Histórico
O aumento crescente do consumo de açúcar na Europa viabilizou o florescimento da indústria do açúcar no Brasil.
A maioria dos engenhos foram construídos por cristãos novos (judeus), financiados pela comunidade judaica europeia, em terras doadas pelo Reino de Portugal.
O Rio de Janeiro era um local propício à instalação de engenhos de açúcar em função do clima e da abundância de água corrente, além de oferecer pescado e mantimentos.
A Baía de Guanabara e sua bacia hidrográfica com muitos rios navegáveis, permitia a ligação direta dos engenhos com a sede da capitania e mesmo com a Europa, facilitando a logística.
A parceria do Reino com a comunidade judaica permitiu a criação de uma importante região agroindustrial na capitania, inserida no mercado global, cujo entreposto era a cidade do Rio de Janeiro.
Havia engenhos desde Maricá até Itacuruçá, passando pela capital e por toda a Baixada Fluminense. As vias de acesso aos engenhos, abertas nos séculos 16 e 17 praticamente definiram o sistema viário da região metropolitana do Rio de Janeiro, pois além de serem os caminhos pioneiros definiram a localização de importantes núcleos populacionais hoje sede municípios e importantes bairros que surgiram no entorno de Capelas, cruzamento de estradas e sedes de freguesia.
No final dos anos de 1600 cerca de 3/4 da população do Rio de Janeiro era de origem judaica. A grande maioria deles provenientes da Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e São Vicente, como também de Buenos Aires, Espanha e outros lugares da Europa, sobretudo de Portugal.
Mapa - Carta Corographica da Capitania do Rio de Janeyro Capital dos Estados do Brasil - 1777
Pesquisa Mauricio de Almeida Abreu
REFERÊNCIAS:
ABREU, Maurício. Um quebra-cabeça quase resolvido: Os Engenhos da Capitania do Rio de Janeiro - Séculos XVI e XVII. 2006.