21/02/205 - O belo e histórico Rio de Janeiro, Facebook
Ontem, 20/02/2025, foi um dia muito triste para a história de Magé, do Rio de Janeiro e do Brasil! Demoliram o casarão da Fazenda Magepe-Mirim, uma das mais antigas e importantes edificações do Recôncavo da Guanabara.
Originalmente, essa fazenda se chamou Engenho de N. Sra. da Cabeça e pertenceu, no final do século XVII, ao Alferes Vicente de Abreu Cardoso, que vendeu ao Capitão Inácio Francisco de Araújo. Sua viúva, Dona Joana de Barros, foi a doadora das terras onde se ergueu a Igreja de N. Sra. da Piedade de Magé.
A edificação era, até ontem, um dos poucos exemplares de casas de vivenda dos engenhos setecentistas que resistiam ao tempo, seguindo o mesmo "padrão" arquitetônico comum do período, com belas colunas toscanas sustentando o alpendre, similar a outros exemplares que temos publicado aqui neste importante trabalho de resgate histórico e valorização do patrimônio.
Foi absurdamente devastada do mapa, pois era um bem inventariado pelos órgãos de defesa do patrimônio. Embora estranhamente ainda não fosse tombada, não poderia ser demolida de maneira alguma!
Nesta minha caminhada de 15 anos de pesquisas e defesa do patrimônio histórico, esse foi, sem dúvida alguma, o ato mais absurdo, patético, bizarro e estarrecedor que presenciei. Como se fosse um casebre de fundo de quintal, simplesmente "meteram" a escavadeira e derrubaram essa joia histórica e arquitetônica!
Qual é a sua opinião sobre essa demolição criminosa?
Sem mais.
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*Créditos das imagens:
FUNDREM - imagem antiga.
Ronaldo Meirelles - imagem atual