Histórico
Em 1850, foi construída a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora do Paraíso, num terreno doado pelo imperador Dom Pedro II, na antiga Ponta do Caju. A Igreja se localizava a poucos metros da baía de Guanabara, na atual Avenida Brasil.
Em 5 de dezembro de 1851, foi inaugurado o Campo Santo, na Ponta do Caju, o segundo cemitério construído pela Santa Casa, depois do cemitério de Catumbi, após a lei de 1850 que proibia enterros em Igrejas.
Em 1856 o comendador Antônio Tavares Guerra organizou a Companhia de Navegação a Vapor São Cristóvão, cujos estatutos foram aprovados pelo Decreto nº 1.785 de 16 de julho do mesmo ano. Em 1859 a companhia passou a ser denominada Imperial Companhia de Navegação a Vapor de São Cristóvão e Caju, com escritório na rua dos Pescadores, atual Visconde de Inhaúma, 36.
Em 2 de novembro de 1858, foi inaugurado o cemitério de São Francisco Xavier, no Caju.
Cartão Postal circulado em 1905
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Caju em 1910
Foto Augusto Malta
Ponta do Caju em 1914
Revista Fon Fon
Instalações do Syndicato Condor na Ponta do Caju em 1932
Em 1951, já existia a favela do Arará, localizada em terreno plano entre a praia de São Cristóvão e a rua das Palmeiras, de propriedade da Central do Brasil, formada por 250 barracos de madeira e zinco, próxima dos cemitérios de São Francisco Xavier e da Penitência.
Em outubro de 1952, prosseguiam as obras do aterro da praia do Caju para o prolongamento do cais do porto, alarmando os pescadores da Colônia Z-5 que temiam o desemprego.
Em 2007, o denominado Complexo do Caju era composto pelas seguintes favelas: Quinta do Caju, Ladeira dos Funcionários, Parque Proletário São Sebastião, Parque Nossa
Senhora da Penha, Parque Alegria, Parque da Boa Esperança, Parque Conquista e Vila Clemente Ferreira.
Dissertação (Mestrado em Geografia) em 2007: O bairro do Caju: a construção de uma periferia empobrecida.
REFERÊNCIAS:
Caju, bairro inteiramente infeliz. Diário de Notícias. Rio de Janeiro. 03 outubro 1952. Segunda Seção. p.1.
ALVES, Eliane Baptista. O bairro do Caju: a construção de uma periferia empobrecida. Rio de Janeiro. 2007.