1889-1930


Histórico

Com a república a cidade do Rio de Janeiro cresceu sem controle prenunciando o caos dos anos seguintes. Na década de 1890 surgiu a primeira favela, em plena área central da capital. Havia verba para o arrasamento do morro do Castello, mas não para a construção de novos bairros para o assentamento de famílias carentes.

A bela cidade portuguesa dos trópicos começou a ser desfigurada não somente pela favelização mas também pelo modernismo, que demolia e não respeitava o patrimônio histórico da cidade.

Principais crimes contra o patrimônio

Arrasamento do Morro do Castello
Demolição do Convento da Ajuda
Arrasamento parcial do Morro de Santo Antônio
Demolição do Chafariz da Carioca
Desfiguração dos largos da Carioca e do Paço
Construção de arranha-céus em volta da Candelária
Idem em volta do Mosteiro de São Bento, tapando a visão
Abertura da Avenida Presidente Vargas
Construção do Viaduto da Perimetral
Construção de arranha-céus no Centro Histórico
Demolição dos palacetes da Zona Sul, Tijuca e Rio Comprido
Ocupação desordenada da Zona Sul
Desfiguração das Praia de Botafogo e do Flamengo
Desfiguração do bairro de São Cristóvão

Enfim a ocupação urbana foi um desastre a partir da república. Houve até a tentativa de demolição do Paço Imperial pelos republicanos, para apagar os vestígios da monarquia.



Em 1889, a cidade do Rio de Janeiro contava com  600 mil habitantes, sendo 155 mil estrangeiros, destes 106 mil portugueses. Somente no ano de 1889 desembarcaram 65 mil estrangeiros.

Em 1889, Golpe de Estado, que acaba com a Monarquia e implanta a República. A família imperial deixa o porto do Rio de madrugada longe dos olhos da população.

Em 19 de outubro de 1889, através do Decreto nº 10.407 foi autorizado o arrasamento do Morro de Santo Antônio. O rejeito deveria ser aproveitado no aterro da área compreendida entre a Praia de Santa Luzia e a ponta do Outeiro da Glória.

Em 22 de novembro de 1889, em função do fim da monarquia, a Estrada de Ferro Dom Pedro II passa a ser denominada Estrade de Ferro Central do Brasil. Nesta mesma data o comando republicano encampa a Estrada de Ferro Rio de Janeiro - São Paulo. 

Em 1889, o Palácio do Itamarati passa a ser sede do novo governo republicano, permanecendo até o ano de 1898. Em 1899 passou a ser sede do Ministério de Relações Exteriores, permanecendo até 1970.

Com o fim da monarquia, o Município Neutro passou a ser denominado Capital Federal. No dia 24 de fevereiro de 1891, com a promulgação da Constituição da República, o Rio de Janeiro passa a ser denominado Distrito Federal da República dos Estados Unidos do Brazil.

O Rio de Janeiro contava com 523 mil habitantes, sendo 63% de brancos e 124.119 imigrantes estrangeiros, europeus em grande maioria.

Em 4 de março de 1890, a repartição dos Telégraphos foi transferida para o antigo Paço da Cidade.

Em 15 de agosto de 1890, início das obras de arrasamento do Morro de Santo Antônio, logo embargadas pela Rio de Janeiro City Improvements Company Limited.

Em 18 de setembro de 1890, o Decreto Nº 758, autorizou o início das obras de arrasamento do morro do Castello, devendo o aterro ficar compreendido entre a ponta do Outeiro da Glória e a do Morro da Viúva, no Flamengo.

1890


Década de 1890

Na década de 1890, o porto do Rio de Janeiro perde para o de Santos a liderança na exportação de Café.

Apesar do acentuado declínio da produção de café na província, a cidade do Rio de Janeiro firmou-se como principal centro industrial e financeiro do país.

Em 1891, as primeiras ruas da cidade, como a do Ouvidor, Ourives e da Quitanda, começam a receber iluminação com lâmpadas elétricas, substituindo a iluminação a gás.

Em 1891, início das atividades da Fábrica Bangu de Tecidos, de propriedade de um imigrante português.

Em 1891, na encosta do Leblon, início da construção da ferrovia Botafogo - Angra dos Reis, logo abandonada, deixando um caminho aberto de 800 metros de extensão entre o Leblon e o Vidigal. Em 1912, o caminho foi prolongado em mais 400 metros até o Ginásio Anglo-Brasileiro, pelo próprio proprietário das terras do local. Até então o acesso ao Vidigal era realizado pela estrada sinuosa da Chácara do Céu. Em 1915, às custas de um rico morador de São Conrado, Jacob Niemeyer, a estrada foi finalmente prolongada até São Conrado, sendo doada à Prefeitura em outubro de 1916 como novo logradouro público. Em 1920, durante a visita dos reis da Bélgica, a estrada recebeu melhoramentos, com a melhoria de seu traçado.

Em 3 de maio de 1891, inauguração da estátua de João Caetano, na travessa Bellas Artes obra de Francisco Manuel Chaves Pinheiro, promovida pelo autor Francisco Correia Vasques.

Em 6 de setembro de 1891, no Largo da Carioca, início da construção da estação inicial da Estada de Ferro Metropolitana, ferrovia circular que deveria se desenvolver por todas as localidades do então Distrito Federal, inclusive a Ilha do Governador. As obras de preparação do leito, no mesmo ano, foram embargadas, aguardando decisão judicial.

Em 2 de abril de 1892, o Conselho de Intendência Municipal adota uma postura proibindo a construção de cortiços entre as praças Dom Pedro II e Onze de Junho, inclusive todo o perímetro entre as ruas do Livramento e Riachuelo. Uma ampliação da postura de primeiro de setembro de 1876.

Em junho de 1892, partem do Rio de Janeiro em trem os cientistas da Missão Cruls responsáveis pelo levantamento do sítio da futura capital do Brasil, a ser construída no Planalto Central.

Em 6 de julho de 1892, inauguração do Túnel Barroso, depois Túnel Velho, ligando a rua Real Grandeza em Botafogo à rua do Barroso, depois Siqueira Campos, em Copacabana. O túnel foi construído pela Companhia Ferro Carril Jardim Botânico, inaugurando o serviço de bondes para Copacabana, ainda em tração animal. Com isto inicia-se o processo de loteamento do bairro, por duas empresas imobiliárias. No mesmo dia foi inaugurada a estação de bonde provisória, na esquina das ruas Barroso (atual Siqueira Campos) e Nossa Senhora de Copacabana. No túnel só era permitida a passagem de bondes.

Em 25 de julho de 1892, é instalado no Palácio da Quinta da Boa Vista o Museu Nacional, que se encontrava alojado, desde 1818, num prédio no Campo de Sant´Anna.

Em 20 de setembro de 1892, através da Lei n° 85, o Município Neutro passa a ser denominado Distrito Federal. Junto com a nova medida foi criado o cargo de Prefeito no Distrito Federal. No dia 19 de dezembro toma posse o primeiro prefeito, Barata Ribeiro.

No dia 8 de outubro de 1892, inauguração oficial da primeira linha de bonde elétrico da cidade do Rio de Janeiro e da América do Sul, ligando o Largo da Carioca ao Largo do Machado, com extensão de 3,5 quilômetros e bitola de 1.435 mm.

Em 26 de janeiro de 1893, o prefeito Barata Ribeiro derruba a famosa Cabeça de Porco, na entrada do atual túnel João Ricardo. O Cabeça de Porco era um colossal e célebre estabelecimento que chegou abrigar cerca de 4 mil pessoas, além de animais como bodes, cavalos para cocheiras, entre outros. Foi inclusive reaberta uma rua, tapadas pelas casas.

Em setembro de 1893, o Rio de Janeiro, a Ilha do Governador, Paquetá e Niterói foram bombardeados pela segunda Revolta da Armada. As tropas rebeldes se refugiaram em Magé.

Em novembro de 1893, inauguração do primeiro trecho Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, entre Alfredo Maia (Praça da Bandeira) e São Mateus. Em 1903 a ferrovia foi incorporada a Central do Brasil com o nome de Linha Auxiliar.

EM 1893, início do aterramento da ilha dos Melões, com parte do rejeito do arrasamento do Morro do Senado. A primeira fase do Porto do Rio de Janeiro foi entregue em 1905.

Em 1893, abertura da rua Francisco Otaviano em Copacabana.

Os seguintes logradouros  foram calçados com paralelepípedos: Boulevard de São Christóvão, rua Mariz Barros, Campo de São Christóvão, Largo da Lapa – na área obtida pela desapropriação dos prédios do Convento do Carmo. 

Na praia do Flamengo foi construída uma rampa para o mar.

Em primeiro de julho de 1894, é fundado o Clube de Regatas Botafogo, em homenagem à enseada de mesmo nome onde competiam os seus barcos. Sua sede era um casarão localizado junto ao morro do Pasmado. 

No dia 12 de novembro de 1894, inauguração do novo ajardinamento do Terreiro do Paço, junto com a nova estátua do General Osório, de autoria de Bernadelli. A estátua foi considerada o primeiro monumento da República. O cavalo demorou dois anos para ser executado. O monumento guardava em sua cripta o corpo do general, morto em 1879. Mais tarde, os restos foram levados para o Rio Grande do Sul.

Em 1894, assinatura do termo de fundação do projeto de construção de Villa Ipanema, por iniciativa do barão de Ipanema, iniciando o loteamento do bairro.

Em 17 de setembro de 1894, são abertas as portas da Confeitaria Colombo, dos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão. Entre 1912 e 1918 os salões foram reformados. Em 1922 foi inaugurado o salão do segundo andar. Em 1944 é aberta a filial de Copacabana.

Em outubro de 1894, é aprovado o projeto de prolongamento do canal do mangue, da ponte dos Marinheiros até o mar, atravessando a área aterrada.

Primeira projeção de kinetoscópio, aparelho projetor de sequência de fotografias instantâneas para uma única pessoa de cada vez. Dois anos depois é inaugurado o primeiro cinematógrafo, na época denominado omniógrafo - na rua do Ouvidor. 

Em 1894, a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, antigo caminho aberto no século XVIII, que  dava acesso à Igrejinha de Copacabana, é reconhecido como logradouro público. Nesse ano o caminho foi melhorado pela Empresa de Construções Civis, com negócios na área. No mesmo ano foi aberta a rua Gustavo Sampaio, no Leme.

Em 1894, inauguração de uma capelinha na Praça Malvino Reis, atual Praça Serzedelo Corrêa. Em 1939 foi concluída a construção da Igreja definitiva de São Paulo Apóstolo, na rua Barão de Ipanema.

Em 1895, circula o primeiro automóvel a vapor no Rio de Janeiro, com fornalha, caldeira e chaminé, importado da França pelo jornalista José do Patrocínio. O primeiro automóvel com motor de explosão, um Decauville de Fernando Guerra Duval, só veio a circular em 1900. Em 29 de agosto de 1903 foi realizado o primeiro licenciamento para um automóvel.

Em 1895, arrasamento do Morro do Senado, com o rejeito transferido para a Praia Formosa.

Em 10 de março de 1896, através de decreto o dia 20 de janeiro torna-se feriado municipal em homenagem aos fundadores da cidade.

Em junho de 1896, foi realizada a primeira exibição de cinema no Brasil, na rua do Ouvidor nº 57, pela máquina “Omniógrapho” com cenas curtas de tetaro, de circo, dança do ventre, e a chegada de um trem numa estação. A primeira sala de cinema da cidade foi inaugurada na rua do Ouvidor nº 141 em 31 de julho de 1896, como o nome de Salão de Novidades.  Em 1898 foi realizada a primeira filmagem no país, por Afonso Secreto, com vistas da entrada da baía de Guanabara. Em 1908 é produzido o primeiro filme de enredo nacional, Nhô Anastácio.


Freguesias do Rio de Janeiro em 1895


Em 24 de fevereiro de 1897, a ex-residência do Barão de Nova Friburgo torna-se a residência oficial do presidente da república, transformando-se no Palácio de Catete.

Em primeiro de maio de 1897, inauguração da estátua de José de Alencar, na praça José de Alencar, no Flamengo. 

A favella, surge na república, em 1897, no Morro da Providência, fundada por ex-soldados da Guerra de Canudos. Não teria cabimento, um país continental como o Brasil, populações se amontoarem em encostas e fundos de vale, em construções sem as mínimas condições de higiene. Enquanto isso brasileiros com a mão na enxada, no interior, fundavam cidades, com muita garra, sem vitimismo e nenhuma assistência do poder público. 

Em 28 de novembro de 1897, inauguração da Praça de Touros, construída pelo Club Tauromáquico Federal, na rua das Laranjeiras.

Em 28 de março de 1898, foram inauguradas as estações de Del Castilho, Magno, Turi-açu, e a parada Barros Filho, da Linha Auxiliar. No mesmo dia foi entregue a estação de Del Castilho do ramal de Rio Douro. No dia 25 de março do ano seguinte foi inaugurada a estação Cintra Vidal do mesmo ramal.

Em 14 de junho de 1898, Afonso Segreto realiza a primeira filmagem no Brasil, registrando a baía de Guanabara.

Em 15 de agosto de 1899, é inaugurada a estátua equestre do Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, na Praça Duque de Caxias, também conhecida como Largo do Machado. Na época do aterro da antiga lagoa do rio carioca, quando foi aberta, se chamava Campo das Pitangueiras e mais tarde Largo do Machado, em função de um grande machado preso na fachada de um açougue. No dia 19 de maio de 1843 passou a se chamar Praça da Glória e em 26 de setembro de 1869 Praça Duque de Caxias.

Em 1900, início do serviço regular de barcas para a Ilha de Paquetá. 

Em 3 de maio de 1900, no Largo da Glória., inauguração do monumento do IV Centenário do Descobrimento do Brasil, com a estátua de Pedro Álvares Cabral.

Em agosto de 1900, circula o primeiro automóvel de motor a explosão do país, um Decauville de dois cilindros a gasolina, de propriedade de Fernando Guerra Duval.

Em 9 de dezembro de 1900, inauguração do Monumento à Nossa Senhora Auxiliadora, no Morro da Atalaia, no bairro de Santa Rosa, em Niterói. No dia 15 de dezembro de 1901 foi assentada a pedra fundamental do Santuário de Nossa Senhora da Auxiliadora.

Em 1901, inauguração da iluminação elétrica em Ipanema.
   
Em 1902, Rodrigues Alves assume a presidência da república, e afirma: ”Os defeitos da capital afetam e perturbam o desenvolvimento nacional”. Em 30 de dezembro o engenheiro Pereira Passos foi nomeado para o cargo de Prefeito, responsável pela Reforma Urbana, permanecendo no cargo até 16 de novembro de 1906.

O Terreiro do Paço ficou mais distante do mar com a construção de grande aterro e do Cais Pharoux.

Em dezembro de 1902, é iniciada a obra de ajardinamento da Praça São Salvador, entregue no dia 31 de janeiro de 1903. 

Em 1903, Oswaldo Cruz assume a direção do Instituto Soroterápico Federal, criado em 25 de maio de 1900. No mesmo ano um surto de febre amarela mata quase mil pessoas.

Em 29 de agosto de 1903 foi realizado o primeiro licenciamento de um veículo automotor. No final do ano seis automóveis circulavam pelas ruas da cidade. 

Em 1903, o prefeito Pereira Passos contrata Augusto Malta (1864-1957) como fotógrafo oficial da Prefeitura. 

Em abril de 1903, aprovação da nova carta cadastral de ruas, incluindo a demolição dos casarios das atuais avenidas Beira-Mar, Mem de Sá, Passos e Central. Faz parte do projeto também o alargamento das ruas da Assembleia, Carioca, Frei Caneca, 7 de Setembro e outras vias adjacentes. 

Em junho de 1903, a companhia telefônica Brasilianishe Elektricitäts Gesellshaft contava com 1.235 assinantes, 72,889 km de rede subterrânea, 74 postes distribuidores e 1.981 postes de linhas aéreas.

Em 14 de junho de 1903, o bonde elétrico chega ao loteamento de Villa Ipanema, substituindo o bonde de tração animal. Em abril de 1914 a linha foi prolongada até o Largo 20 de Novembro, também conhecido como Bar 20.

Em 27 de junho de 1903, inauguração do alargamento e prolongamento da rua do Sacramento até a Avenida Marechal Floriano. Trata-se da primeira obra viária do período Pereira Passos. Por aclamação popular a via foi batizada de Avenida Passos, denominação que foi oficializada somente em 1910.

Em 19 de dezembro de 1903, através do Decreto Nº 459 foram aprovados os planos organizados para abertura, alargamento, e prolongamentos de diferentes ruas, iniciando o processo sistemático de alinhamento das vias da cidade. Até então não havia um plano global de alargamento das vias. A primeira via a ganhar projeto de alinhamento foi a Avenida Mem de Sá. Entre os grandes melhoramentos previstos, destacam-se:

- Abertura das avenidas Beira Mar, Atlântica, Oswaldo Cruz, Salvador de Sá, Mem de Sá e Gomes Freire;

- Alargamento das avenidas 28 de Setembro, Frei Caneca, Estácio de Sá, Santo Antônio, São José, Carioca, Assembleia, Sete de Setembro, Visconde de Rio Branco, Camerino, Marechal Floriano, Visconde de Inhaúma. Acre, Uruguayana, Conselheiro Saraiva, General Pedra, São Bento, Basílio, Ourives, Buenos Aires, Andradas, Lapa, Francisco Belizário, 13 de maio, Chile, Evaristo da Veiga, Lavradio, Dom Manuel, Misericórdia, Vieira Fazenda, Conde de Bonfim, Piauhy, Inválidos, Nuncio, Luiz Gama, São Clemente, Jardim Botânico, Harmonia, Barão de São Gonçalo, Marquez de Abrantes, Barroso (Siqueira Campos), São Francisco Xavier, Maranhão, Archias Cordeiro, Dias da Cruz, Gomes Carneiro, General Câmara, Dezembargador Izidro, Dias Ferreira, Honório de Lemos, São Cristóvão, Barão de Mesquita, Silva Gomes, Mariz e Barros, Ricardo Machado, Anna Nery, Henrique Scheid, e das praças e largos  dos Arcos, Estácio, Moura, e do Beco do Rio;

- Retificação da rua do Riachuelo e da Ladeira de Santa Thereza;

- Prolongamento e alargamento da Avenida Passos;

- Prolongamento das ruas São José, Ramalho Ortigão, João Ricardo, Carolina Meyer, Clapp, José Bonifácio, Faleiro, Dona Carlota, Adalgisa Magalhães, Elias da Silva, Figueira de Melo, Marquez de Pombal, Nrey Pinheiro, e outras ruas da Cidade Nova.

Na gestão de Pereira Passos foi regularizado o processo de alinhamento das ruas do Rio de Janeiro, tornando o seu registro obrigatório.

Em 1903, numa antiga chácara da rua São Clemente é fundado o Colégio Santo Inácio. Em 1759 os Jesuítas foram expulsos de Portugal e de todas as suas colônias, inclusive do Brasil, pelo Marquês de Pombal, então primeiro ministro de Portugal. Os Jesuítas só voltam ao país em meados do século XIX.

Em 1903, nomeação de comissão para estudo da construção do cais do porto. Em setembro é assinado contrato entre o Governo e a empresa construtora.

Em 1903, é entregue o novo edifício da sede dos Bombeiros, na Praça da República. No Alto da Boa Vista, a Praça Afonso Viseu é ajardinada.

Em 27 de janeiro de 1904, é lançado o Edital da Comissão Construtora da Avenida Central para o concurso de projetos de fachadas dos edifícios da futura Avenida Central, aberto a arquitetos nacionais e estrangeiros. No dia 26 de fevereiro de 1904, foi lançada a pedra fundamental de abertura da nova avenida. As obras foram iniciadas em 8 de março. Em 15 de março foi concluído o concurso de fachadas. Em julho é inaugurado o primeiro trecho da nova avenida, entre a Praça Mauá (Prainha) e a rua do Ouvidor. A cidade do Rio de Janeiro contava com cerca de 730 mil habitantes.

A abertura da Avenida Central valorizou os terrenos do entorno, contribuindo para o desaparecimento dos casebres e domicílios coletivos habitados pela classe operária, que naturalmente seriam afastados da região com a alta dos aluguéis e a proibição de residências na freguesia.

Em 24 de fevereiro de 1904, é criação a Guarda Civil.


Início das obras da Avenida Central e Beira Mar
Correio Paulistano, 05/03/1904


Em 29 de março de 1904, início da construção do Porto do Rio de Janeiro, pela dragagem do alinhamento da futura muralha do Cais.

A cidade foi assolada por surtos e epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola.

Em 7 de maio de 1904, início da demolição do Mercado Municipal da Glória, dando lugar à Praça Pedro Álvares Cabral.

Em 8 de maio de 1904, foi lançada a pedra fundamental do prédio do jornal O Paiz, projetado pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios, na Avenida Central, 128-132.

Em 23 de maio de 1904, lançamento da pedra fundamental do Mercado Municipal, em terreno da praia Dom Manuel.

Em 9 de junho de 1904, em Toronto, no Canadá, é fundada a The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Limited. Seu funcionamento no Brasil foi autorizado em 30 de maio de 1904. No dia 30 de julho de 1907, a companhia iniciou a distribuição de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro. Em 22 de janeiro de 1908 foi inaugurada a Usina Hidrelétrica das Fontes, na época a maior do Brasil e uma das maiores do mundo.

Em 10 de setembro de 1904, inauguração do primeiro aquário público da América do Sul, no Passeio Público, por iniciativa do prefeito Pereira Passos, idealizado por Júlio Furtado, diretor do Serviço de Jardins Públicos.

Em 1904, foi proibida a organização de feiras-livres

Início da construção do Teatro Municipal, inaugurado em 1910.

Por iniciativa de Oswaldo Cruz, o Congresso aprova a lei que torna obrigatória a vacina contra a varíola, causando o levante popular conhecido como Revolta da Vacina.
 
Em 1905, é asfaltada a primeira rua da cidade, a Gonçalves Dias, no trecho entre as ruas Sete de Setembro e Ouvidor. 

Em 1905, o antigo muro da Glória, do século XVIII, recebe uma balaustrada com granito removido da Praça Tiradentes. No local é implantado o primeiro relógio elétrico da cidade, alimentado pela rede elétrica dos bondes da Companhia Jardim Botânico.

Em 2 de janeiro de 1905, início da construção do Teatro Municipal, inaugurado em 14 de julho de 1909.

Em 15 de agosto de 1905, lançamento da pedra fundamental da Biblioteca Nacional na Avenida Central inaugurada em 29 de outubro de 1910. A Biblioteca foi criada por Dom João VI, quando trouxe de Portugal 14.000 volumes da Biblioteca da Corte e do Infantado, sendo instalada provisoriamente no Convento do Carmo, como o nome de Biblioteca Real do Rio de Janeiro. 

Em 4 de novembro de 1905, o Decreto Municipal nº 561 regulamenta a ocupação do areal de Copacabana, que entre outras medidas previa a construção da Avenida Atlântica nos fundos dos terrenos da Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

Em 5 de novembro de 1905, é realizada a festa do plantio das primeiras árvores da Avenida Rio Branco.

Em 15 de novembro de 1905, inauguração oficial da Avenida Central. Foram demolidos 641 prédios para sua construção. A via conta com 1,801 metros de extensão, contava com pista de concreto asfáltico com 22 metros de largura, iluminação elétrica no canteiro central e passeios com 5,5 metros de largura.

Em 19 de novembro de 1905, lançamento da pedra fundamental do Pavilhão de São Luiz, o futuro Palácio Monroe, na Avenida Central, projeto do engenheiro militar Marcellino de Souza Aguiar.

Uma parte do Morro do Castello foi arrasada para o alinhamento da Avenida Central.

Em 1905, conclusão da canalização do Canal do Mangue no trecho da Avenida Francisco Bicalho. No mesmo ano é canalizado e coberto o trecho do Rio Carioca ao longo das ruas Conde de Baependi e Barão do Flamengo.

Em 1905, fundação da Companhia Construtora Ipanema que construía e financiava as casas do bairro em até 10 anos. Encerrou as atividades em 1927, após negociar todos os terrenos. 

Segundo Ferreira Rosa, em 1889 o bairro de Copacabana contava com apenas três casas, contra mais de seiscentas m 1905.

Em 1905, a Companhia Jardim Botânico inaugura no Leme um bar campestre, junto ao ponto final da linha de bonde, visando atrair maior número de passageiros.

“Pedem vossos pulmões ar salitrado
Correi, antes que a tísica os algeme,
Deixai do Rio o centro infeccionado,
Tomai um bonde que vá dar ao Leme...

Graciosas senhoritas, moços chics,
Fugi das ruas, da poeira insana:
Não há lugares para pic-nics
Como em Copacabana...”

Os bairros periféricos passaram a atrair maior número de imigrantes devido ao aumento constante dos aluguéis na área central. O mesmo processo, de diminuição da população na área central, se passava nas principais capitais da Europa.  As facilidades de transporte, com uma extensa rede de bondes elétricos e trens suburbanos, determinou o sucesso do crescimento da periferia da cidade do Rio de Janeiro, tanto dos ricos como das classes menos favorecidas.


Largo do Paço em 1905


Em 1906, a cidade do Rio de Janeiro contava com 812.342 habitantes e apenas 35 automóveis, sendo 625 mil na área urbana. 

Em janeiro de 1906, início da obra de abertura da Avenida Salvador de Sá. No primeiro semestre, do mesmo ano, foram demolidos grande parte dos prédios para abertura da Avenida Gomes Freire. 

Em 4 de março de 1906, inauguração do Túnel Carioca (atual Túnel Novo), com 10 metros de largura, ligando o bairro de Botafogo à Copacabana. O túnel foi construído com recursos da Companhia de Bondes do Jardim Botânico, sem nenhum subsídio do governo. 

Em 7 de abril de 1906, cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Museu Nacional de Belas Artes, então Escola Nacional de Bellas Artes.

O Palácio Monroe, projetado pelo general Francisco Souza Aguiar para o pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de Saint Louis em 1904, é reconstruído na Avenida Central, sendo o primeiro prédio a ser inaugurado oficialmente na nova avenida. Terminada a feira em Saint Louis, a estrutura metálica foi transportada para o Rio de Janeiro.

Em 1906, abertura da Avenida Atlântica, que até então não passava do fundo do quintal das casas da Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

Demolição do Hospital da Ordem Terceira da Penitência para alargamento da Largo da Carioca.

Em 6 de setembro de 1906, inauguração do alargamento da rua 7 de Setembro (antiga rua do Cano), no trecho entre a rua Primeiro de Março e Avenida Central.

Em 8 de novembro de 1906, inauguração dos primeiros 500 metros do cais do porto. O segundo trecho foi entregue em 1910.

Em 8 de novembro de 1906, inauguração do prolongamento do canal do mangue, estabelecendo a ligação com o mar.

Em 11 de novembro de 1906, inauguração dos melhoramentos do Campo de São Christovão que recebe paisagismo e coreto com material importado da Europa.

Em 12 de novembro de 1906, inauguração da Avenida Beira-Mar, ligando a Avenida Central à rua da Passagem, em Botafogo.

Em 14 de novembro de 1906, inauguração do obelisco da Avenida Rio Branco.

Construção do Jardim do Valongo de 1906, no bairro da Saúde.

Início de obras de canalização o rio Carioca em Laranjeiras.

Construção do cais da rua Santa Luzia.

As margens da Lagoa Rodrigo de Freitas não eram urbanizadas, com exceção da Avenida Jardim Botânico que margeava a Lagoa na maior parte de sua extensão. Os bairros do Leblon e Ipanema eram um imenso areal. Em Ipanema, somente o entorno da praça General Osório era ocupado.

Em 1906, inauguração do Hotel Brangança no Largo da Lapa, fechado na década de 1940.

Em 1907, início do serviço regular de barcas para a Ilha do Governador, com duas linhas, a primeira com atracações no Zumbi, Cocotá e Freguseia, e a segunda, para Paquetá, com escalas no Galeão e Jardim Guanabara.

Em 12 de janeiro de 1907, inauguração do viaduto e da estação Lauro Müller (ex-Praia Formosa) da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 10 de maio de 1907, inauguração do viaduto do Engenho Novo, sobre as linhas da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1907, inauguração do Pavilhão Mourisco, na Praia de Botafogo.

Inauguração da escola pública Alberto Barth, na Avenida Oswaldo Cruz, Flamengo.

Início do fornecimento regular de energia elétrica à residências, pela The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, Limited, contando com 1.340 consumidores em 1908 e 47.650 em 1916.

Principais monumentos públicos da cidade do Rio de Janeiro: Palácio Monroe, Teatro Municipal, Caixa de Amortização, Casa da Moeda, Palácio Itamarati, Biblioteca Nacional, Palácios das Belas Artes, Club Naval, Gabinete Portuguez de Leitura, Imprensa Nacional, Bolsa, Correios, Museu Nacional, Santa Casa de Misericórdia, Candelária, Igreja de São Francisco de Paula, Igreja do Carmo, Igreja de São Bento e Outeiro da Glória.

Segundo viajantes europeus, o Rio de Janeiro, depois de Buenos Aires e New York, era a cidade que contava com o melhor serviço de bondes do mundo, em função da grande frota, regularidade e extensa rede, atingindo os mais distantes rincões da cidade.

Excursões obrigatórias para o turista em 1907: Jardim Botânico, célebre no mundo inteiro, o Corcovado e o Alto da Boa Vista (Tijuca), além de Paquetá e Copacabana.

Melhores Hotéis: Avenida, Estrangeiros, Grande Hotel Internacional (Silvestre), Hotel Santa Threza. 

A cidade contava com 29 reservatórios de água de boa qualidade. Cada habitante tinha a disposição cerca de 400 litros de água/dia. Até pouco tempo o fornecimento de água era feito apenas pelo rio Carioca e aqueduto da Carioca.

O Rio de Janeiro, após a Reforma Urbana do presidente Rodrigues Alves, mesmo para o estrangeiro, era uma cidade de aspecto moderno, salubre, com belas avenidas, subúrbios encantadores, pavimentação excelente, iluminação deslumbrante, serviço de bondes excelente, policiamento e serviço de saúde corretos. Faltando no entanto, para ser tornar mais atrativa ao turismo internacional, a extinção dos antigos quiosques, a construção de melhores hotéis, e melhorar o serviço de alfândega, que tratava todos os passageiros como se fossem contrabandistas, além de se acabar com a taxa de 35 mil rés por pessoa que deixavam o país.

Em 1907, é montada na Rua Frei Caneca uma Usina que recebia energia elétrica proveniente de Ribeirão das Lages. 

Em 28 de janeiro de 1908, abertura da Exposição Nacional comemorativa dos 100 anos da abertura dos portos, localizada na praia Vermelha, no bairro da Urca. No mesmo dia foi inaugurada a balaustrada da rua do Russel, também em comemoração à abertura dos portos em 1808.

No dia primeiro de janeiro, inauguração do Hotel Avenida, o maior estabelecimento hoteleiro da cidade na época, construído para as festas da Exposição Nacional, com 220 quartos iluminados com luz elétrica, além de elevadores. O Hotel foi demolido em 1957 para dar lugar ao Edifício Avenida Central. 

Em 6 de janeiro de 1908, lançamento da pedra fundamental do Forte de Copacabana.

Em julho de 1908, com a presença do presidente da república, foi inaugurada a linha adutora das águas de Xerém.

Em 1908, inauguração do prédio da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, na Avenida Pasteur.

É realizada a primeira viagem de automóvel entre o Rio de Janeiro e São Paulo, de que se tem notícia, durando dois dias.

Inauguração do Palácio do Museu de Belas Artes, projeto do arquiteto espanhol Adolfo Morales de Los Rios, inspirado na ala Visconti no Museu do Louvre de Paris.

Entrega do novo edifício da Mitra Arquiepiscopal na Avenida Central, logo ocupado pelo Supremo Tribunal Federal (1909-1960). O projeto do edifício, de autoria do arquiteto Adolfo Morales de los Rios, foi aprovado no dia primeiro de março de 1905.  No final da década de 1990 foi transformado no Centro Cultural da Justiça Federal, inaugurado em 4 de abril de 2001.

Reforma Urbana

Assim como a reforma urbana de Paris (1852-1870), realizada no período do prefeito Haussmann, o caso do Rio de Janeiro não era só para embelezar a cidade, mas também higienizá-la e melhorar sua circulação. O Prefeito Pereira Passos convidou Oswaldo Cruz para a pasta da saúde, que lhe deu até reconhecimento internacional. A Avenida Beira Mar foi considerada a mais bela avenida litorânea do mundo. Sem contar que todas as capitais europeias passaram por processos de reforma urbana, incluindo Lisboa com a abertura da Avenida da Liberdade. A república maçônica brasileira, anticatólica e antimonarquista, assim como a revolução francesa, sempre se inspirou em Paris. Não seria uma surpresa seguir o modelo de urbanismo parisiense, que por sinal era copiado no mundo inteiro. Mesmo a capital dos Estados Unidos foi projetada por um francês.

Em 14 de julho de 1909, inauguração do Teatro Municipal, cuja construção foi iniciada em novembro de 1904 na gestão do prefeito Pereira Passos.

Em 14 de julho de 1909, inauguração do lampadário do Largo da Carioca. Segundo uma matéria do periódico francês Gênie Civil, o Rio de Janeiro era uma das cidades com melhor iluminação do mundo, destacando-se as Avenidas Central e Beira Mar.

Em 29 de julho de 1909, através do decreto nº 7.479, foi autorizado à Leopoldina Railway Company o privilégio de estender suas linhas até o cais do porto. No dia 6 de agosto de 1909 é dada a respectiva concessão para construção de linha entre a estação Jockey-Club e o cais. 

Em outubro de 1909, inauguração da praça Barão de Drummond, antiga Sete de Março, em Villa Izabel. Os jardins foram inaugurados em setembro de 1910.

Em 27 de outubro de 1909, entra em operação a primeira etapa do “Serviço Pneumático” da Repartição Geral dos Telegraphos, entre a estação Dom Pedro II e a Avenida Central, onde cartas, jornais e brochuras eram transportados em tubos subterrâneos eletrificados. O equipamento adotado no Rio de Janeiro foi o mesmo empregado na Alemanha, nas cidades de Hamburgo, Berlin e Leipizig, pórem mais avançado. Em 9 de novembro de 1910 foi inaugurado o ramal entre a estação da rua Primeiro de Março e o Largo do Machado, onde havia ciclistas para distribuição nas proximidades.

Número de Cartas Transportadas pelo serviço Pneumático

1º trimestre 1912   1.614
2º trimestre 1912   3.156
3º trimestre 1912 26.388

Fonte: O Movimento dos “Petit-Bleu” no primeiro trimestre deste anno. A Notícia. Rio de Janeiro.  21 maio 1914. p.3.

Em 18 de novembro de 1909, através do decreto n. 7.671, é aprovado o projeto de eletrificação e melhoramento da Estrada de Ferro do Corcovado.

Em 1909, arrasamento do Morro da Saúde, com os dejetos aproveitados no aterro do cais do porto.

Instalação de iluminação a gás nas avenidas Atlântica, Cais (atual Rodrigues Alves) e vias internas de Copacabana, entre outras de Ipanema.

Construção do Cinema Iris, na rua da Carioca.

Em 1909 o Rio de Janeiro já era considerado uma das cidades mais bem iluminadas do mundo, com destaque para as lâmpadas elétricas (arco) incandescentes, além de candelabros a gás.

Em 1909, é aberto o primeiro cinema de Copacabana, na atual Praça Serzedelo Correa, esquina com a rua do Barroso, atual Siqueira Campos. Juntos, os bairros de Copacabana, Ipanema e Leme contavam com cerca de 20 mil habitantes.

Em fins de 1909 é iniciada a obra de urbanização da Praça Mario Vianna, atual General Osório, com o assentamento de meios-fios e jardins. Em 1912 é instalado o chafariz das Saracuras, transferido do antigo Convento da Ajuda, doado pelo Arcebispado.

Matéria – “O Rio Desconhecido, a Favella”. Revista Careta, 04/12/1909

Governo Souza Guiar (1906-1909):  Conclusão do desmonte do Morro do Senado, e prolongamento da Avenida Beira Mar até a Urca.

Usinas de Tratamento de Esgoto em 1909

1        Arsenal da Marinha
2        Gamboa
3        Mangue
4        Glória
5        São Christóvão
6        Botafogo
7        Alegria (atual Avenida Brasil)
8        Lagoa
9        Copacabana (em construção)

Em 1910, o Distrito Federal contava com 910 mil habitantes, sendo 20 mil no bairro de Copacabana.

No dia 16 de fevereiro de 1910, inauguração do prédio do Clube de Engenharia, na Avenida Central.

No dia 13 de abril de 1910, inauguração da remodelação da Quinta da Boa Vista, sendo transformada em parque franqueado ao público.

Em 30 de abril de 1910, por iniciativa do Clube de Engenharia, inauguraçao da estátua do Visconde de Mauá, na Praça 28 de Setembro, que a partir de então passa a se chamar Praça Mauá. A estátua foi instalada virada para o mar, para Fragoso, ponto de partida da primeira ferrovia do Brasil, construida por Mauá.

Em 11 de junho de 1910, inauguração da nova sede do Clube Nava  na Avenida Central.

No dia 7 de julho de 1910, é inaugurado a Linha Circular da Pavuna, permitindo o retorno das locomotivas a vapor da Linha Auxiliar.

Em 12 de outubro de 1910, inauguração dos melhoramentos da Quinta da Boa Vista, transformando o local em um dos mais aprazíveis logradouros públicos da cidade. Na época do Imperador os jardins já eram franqueados ao público.

Em 19 de outubro de 1910, inauguração do novo prédio da Polícia Central, localizando na  rua da Relação.     

Em 15 de novembro de 1910, é inaugurada o ajardinamento da Praça Malvino Reis, atual Serzedelo Correia, em Copacabana.


Avenida Central por volta de 1910


Em 1910, inauguração do segundo trecho do novo cais do porto. Primeiro trecho foi entregue em 1906. O Morro do Senado foi arrasado para o aterramento da orla e implantação do porto, com 3,5 km de extensão, entre a Praça Mauá e a foz do canal do mangue.

Etapas do Porto do Rio de Janeiro

1905 1º Trecho de cais
1910 2º Trecho de cais
1927 Cais de São Christóvão
1947 Cais do Caju
1952 Pier Mauá

Em 1910 circula o último bonde de tração animal no centro da cidade. No mesmo ano foi inaugurada a eletrificação da Estrada de Ferro do Corcovado, com 4 locomotivas elétricas.

Em 1910, foi concluída a obra de alargamento da Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

O Largo da Mãe do Bispo, depois conhecido como Cinelândia, passou a ser denominado Praça Marechal Floriano.

Em 1910, abertura da Estrada da Covanca, ligando Água Santa a Jacarepaguá.

Em janeiro de 1911, início da construção da estrada de rodagem Rio-Petrópolis.

Em maio de 1911, inauguração da urbanização da Praça Sáenz Peña na Tijuca.

Em outubro de 1911, é inaugurado o serviço de iluminação elétrica no Rio Comprido, com 194 lâmpadas arco de 500 velas. 

No dia 8 de novembro de 1911, em função das precárias condições de higiene, foram derrubados os últimos quiosques da cidade.

Demolição do Convento da Ajuda, construído em 1742, sendo o Chafariz de Mestre Valentim transferido para a Praça Marechal Floriano, atual Praça General Osório, em Ipanema.

Em 1911, início do serviço regular de auto-ônibus para a Zona Sul, com linha Mauá-Praia Vermelha.

Grande parte das ruas de Copacabana e Leme foram pavimentadas com macademe betuminoso.

Conclusão da construção da sede e garagem dos bondes da Light, na rua Larga, atual Marechal Florian), construído em estrutura metálica, que abriga desde 1994 o centro cultural da Light. As obras foram iniciadas em 1910. Em 1912 passa a ocupar a sede da Light, que é transferida da Avenida Rio Branco número 76, onde funcionava desde 1905.

Em junho de 1911, inauguração do complexo do Gasômetro, construído pelo grupo belga Société Anonyme du Gaz de Rio de Janeiro. Em 1915 foi considerado o maior do mundo, com capacidade para o fornecimento de 180 mil metros cúbicos de gás por dia. Em 1969 a empresa foi estatizada.

Atividades do Grupo Light no Rio de Janeiro

Gás                 (1905 - 1966)     61 anos
Telefonia                 (1907 - 1961)     54 anos
Bondes                 (1907 - 1963)     56 anos
Ônibus                 (1918 - 1948)     30 anos
Estrada de Ferro Corcovado (1906 - 1970)     64 anos
Luz                                          (1905 - 1961)      56 anos   


Rio de Janeiro em 1911


Distrito Federal
Evolução da Frota de Veículos Automotores (a)

1903          6
1904          7
1905        12
1906        66
1907      118
1908      129
1909      179
1910      617
1911   1.246
1912   2.395
1913   2.629
1914   2.575
1915   2.308
1916   2.277
1917   2.313
1918   2.575
1919   3.282
1920   4.425
1921   4.619
1922   5.895
1923   6.658
1924   7.630
1925   9.005
1926 11.147
1927 13.109
1928 14.829
1929 16.916
1930 17.396
1931 19.077


(a) Exceto oficiais e delegações. Em 1926 o Distrito Federal contava com 2.393 bicicletas.

Em 1912, início da introdução de lâmpadas incandescentes na iluminação pública. 

Em 10 de março de 1912, após a morte do Barão de Rio Branco, a Avenida Central foi renomeada para Avenida Rio Branco. 

Em dezembro de 1912, inauguração da primeira etapa do Teleférico do Pão de Açúcar, ligando a Praia Vermelha ao Morro da Urca, com extensão de 575 metros e desnível de 220 metros. O evento ganhou repercussão internacional, pois na época de sua construção só havia teleféricos, do tipo, na Suíça e Espanha. O segundo trecho foi inaugurado em janeiro do ano seguinte

Em 1912, inauguração do Palácio do Acerbispado do Rio de Janeiro, no Largo da Glória, esquina com rua Benjamin Constant.

Em 1912, inauguração do Hotel Moderne, em Sancta Thereza, na rua Dona Luiza, 283.

Inauguração do Teatro Phoenix, com capacidade para 1.500 lugares.

Início das obras de abertura do corte em rocha entre as ruas Farani e Guanabara (atual Pinheiro Machado), aberto ao tráfego em agosto de 1914.  Em 1963, é concluída a obra de duplicação.

Grandes adutoras construídas entre 1877 e 1912

Linha Ano Diâmetro (m) Extensão (Km)
São Pedro 1877 0,80 57,600
Rio do Ouro 1880 0,80 48,400
Tinguá 1893 0,80 46,800
Xerém 1908 0,80 25,000
Xerém 1908 0,90 29,000
Mantiqueira 1912 0,90 59,000

Fonte: Mensagem Prefeito Freire, 1960

   

Em 8 de março de 1913, uma forte ressaca destrói parte da murada da Avenida Beira Mar, no Centro.

Em 13 de maio de 1913, inauguração do campo do Botafogo na Avenida General Severiano. A sede social foi inaugurada em 15 de dezembro de 1928 e o estádio em 28 de outubro de 1934.

Em 21 de junho de 1913, inauguração do pavilhão do Hospital Central do Exército.

Em 5 de agosto de 1913, é inaugurado o quartel da Brigada Policial, na rua Salvador de Sá.

Em 31 de outubro de 1913, fundação da Construtora Ipanema, para construção de residências e também de linha de bonde elétrico no bairro de Ipanema, em convênio com a Companhia Ferro-Carril Jardim Botânico.

Em 1913, início da construção do Forte do Leme.

A cidade contava com 326.040 estrangeiros, sendo 200 mil portugueses, 60 mil espanhóis, 45.557 italianos, 7.000 turcos, sírios e libaneses, 3.400 franceses, 4.00 alemães, 2.000 britânicos, 1.500 austro-húngaros e  600 estadunidenses.

Em 1913, inauguração da Igreja do Colégio Santo Inácio.

Entre 1913 e 1918 é construído o Palácio da Inspettoria de Portos na Praça Mauá.

Mapa - Pavimentação das ruas em 1913

Em 1914, a Companhia Jardim Botânico foi autorizada a prolongar suas linhas de bondes elétricos da Gávea e de Ipanema até o Leblon, que estava sendo loteado.

Em 2 de fevereiro de 1914, início das atividades aéreas do Campo dos Affonsos. 

Em 28 de setembro de 1914, inauguração do Forte de Copacabana.

Loteamento do bairro de Bonsucesso, por volta de 1914.

Construção do Palácio das Laranjeiras, pela família Guinle, adquirido em 1947 pelo Governo Federal, para servir como residência de presidentes da República até 1960 e local para recepção a chefes de estado até 1975.

Demolição da Igrejinha de Copacabana no Forte de Copacabana.

O Palácio Monroe passa a abrigar a Câmara dos Deputados.

Em 1914, conclusão da passagem subterrânea para pedestres na estação Encantado dos trens de subúrbio da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Instalação da primeira usina de asphalto da prefeitura.

Em 1915 inauguração do Hotel Central, na Praia do Flamengo, esquina com Rua Barão do Flamengo. O Hotel, com 124 quartos,  foi construído no local do balneário High-Life. O prédio foi demolido em 1952, dando lugar ao Edifício Conde de Nassau. 

Em fevereiro de 1915, conclusão da construção do prédio do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), na rua das Laranjeiras.

Instalação dos primeios postos salva-vidas da Praia de Copacabana. Em 1917 é erguido o posto de “sauvatage” do Lido.

No Arsenal da Marinha, é inaugurada a ponte metálica Alexandrino de Alencar, com 288 metros de extensão e um transportador volante para cargas. Com a transferência do Arsenal da Marinha para a Ilha, a ponte metálica foi substituída por uma nova ponte de alvenaria em 1930.

Em 1916,  é fundada a Escola de Aviação Naval, sendo transferida para a ponta do Galeão  na Ilha do Governador em 1924.

Em 1916, fundação do The Rio de Janeiro Country Club, em Ipanema, por um grupo de ingleses e americanos.


Praça Floriano em 1916


Em 1917,  loteamento do bairro do Grajaú, na Zona Norte. No mesmo ano é inaugurada a pavimentação de um trecho da Grajaú. Na década de 1930 é construída a praça Edmundo Rego. 

Em 1918, inauguração do Palácio de Manguinhos, sede do Instituto Oswaldo Cruz. 

Em 4 de abril de 1918, inauguração da Avenida Vieira Souto.

Em 26 de maio, instalação das primeiras linhas de telefone entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, com 3 circuitos.

Em 26 de junho de 1918, é registrada a temperatura de 6,2 graus Celsius no Engenho de Dentro.

Em 14 de julho de 1918, a Light inaugura o serviço de ônibus elétricos a bateria da Avenida Rio Branco.

Em 11 de novembro de 1918, inauguração da remodelação da Estrada Real de Santa Cruz (antigo Caminho dos Jesuítas), recebendo o nome de Suburbana. 

Inauguração do Colégio Andrews em Botafogo.

A epidemia de gripe espanhola mata mais de 10 mil pessoas no Rio de Janeiro.

Abertura da Estrada do Itanhangá, com trecho na encosta da lagoa de Marapendi, facilitando a ligação da Barra da Tijuca com Jacarepaguá.

Em maio de 1919, inauguração do estádio do Fluminense, no bairro das Laranjeiras, projetado pelo arquiteto Hypólito Pujol Junior, com capacidade para 18 mil espectadores. A sede do clube foi construída em 1918. O estádio, cujas obras foram iniciadas em janeiro de 1919, foi o primeiro do Brasil para grandes espetáculos.

Em 22 de junho de 1919, o prefeito Paulo de Frontin inaugura o alargamento da Avenida Atlântica, para 17 metros, com pista dupla, muralhas de alvenaria de pedra, cortinas de concreto ao longo de toda a avenida, e iluminação no canteiro central. Parte da pedra do Inhangá que ocupava a praia de Copacabana foi cortada para a construção da avenida. Em abril de 1926 a avenida foi reconstruída em função de uma forte ressaca. Em função dos gastos de reconstrução e embelezamento, a obra ganhou o apelido de Avenida de Ouro.

Em 10 de julho de 1919, inauguração da Escola de Aviação Militar, no Campo dos Affonsos, que deu origem à Academia da Força Aérea, localizada em Pirassununga (SP), que forma os oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Em 1919, é inaugurado o Túnel João Ricardo, com 284 metros de extensão, ligando a rua Bento Ribeiro à rua Rivadávia Corrêa.

Conclusão da abertura da Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, iniciada na administração de Rivadávia Correa e logo depois paralisada.

Em 1919, inauguração do Hotel Palace, na avenida Rio Branco, com 6 elevadores e 250 quartos.

Em 1919, foi inaugurado o prolongamento da Avenida Beira Mar (atual Presidente Wilson), entre o Obelisco da Avenida Central e a ponta do Calabouço.


Rua da Assembleia por volta de 1920


A Década de 1920

O regime republicano inicia o processo de transformação e destruição da paisagem urbana, através da substituição de antigas construções por outras de estilo dito moderno, renegando o passado português. 

Depois da conclusão do arrasamento do Morro do Castello (1922), em 1928 começam a surgir os primeiros espigões na Praça Floriano, descaracterizando a volumetria da Avenida Central. 

Na década de 1920 prossegue o processo de favelização da cidade, iniciado já nos primeiros anos da República. Surge a favela da Catacumba, na Lagoa, removida em 1970, e também é fundada a favela da Mangueira, a terceira mais antiga da cidade.

Em 1920, a cidade do Rio de Janeiro, ainda cosmopolita, contava com 1,2 milhão de habitantes, sendo 21% de estrangeiros, na sua maioria europeus. Os 240 mil estrangeiros que viviam na cidade, representavam cerca de 31% dos estrangeiros do país. 

Estrangeiros residentes no Rio de Janeiro em 1920

Italianos 21.929
Espanhóis 18.221
Árabes   6.121
Franceses   3.538
Alemães   2.885
Ingleses   2.037
Argentinos   1.370
norte-americanos      1.032

Em 4 de março 1920, é inaugurado o posto do Corpo de Bombeiros de Copacabana, na Praça Eugênio Jardim.

Em 8 de junho de 1920, Carlos Sampaio assume a Prefeitura. Em 17 de agosto de 1920, aprova o projeto de arrasamento do Morro do Castello, com 65 metros de altura, 408 prédios e cerca de 4.200 moradores. As obras de arrasamento foram iniciadas em 12 de novembro de 1920, pela rua México, com o rejeito sendo transferido para a orla da rua Santa Luzia para ampliação da Avenida Beira Mar.

Em 1920, a cidade contava com 4.415 automóveis e 417 quilômetros de linhas de bonde. Com 50 cinemas, nove teatros, 20 circos móveis e 24 jornais diários, 14 matutinos e 10 vespertinos, além de 20 revistas semanais e 17 mensais. Intenso movimento comercial e financeiro, com 44 bancos e 46 companhias de navegação. O Distrito Federal participava com 22% da produção industrial do país, atrás do estado de São Paulo, que respondia com 33%. Cerca da metade do capital empregado na indústria, estava na indústria têxtil, com 73 fábricas e 20 mil operários. As indústrias alimentícias ocupavam o segundo lugar. Também se destacavam as indústrias de vestiário, produtos químicos, fundições e serrarias. O censo de 1920 indicava que 32% da população atuava no setor industrial.

Em novembro de 1920, início do desmonte da segunda parte do morro do Castello. Parte do rejeito foi aproveitado no aterro na Praça Mauá, Cais do Porto e Avenida Rodrigues Alves. 

Em 1920, início da construção da Avenida Portugal, na Urca, iniciando a ocupação do bairro.

Em 1920, início da construção do primeiro arranha-céu do Rio de Janeiro, o Edifício Odeon, no terreno do antigo Convento da Ajuda, sendo entregue em 1925. Foram construídos mais 3 edifícios no local, o Império, o Capitólio, e o Glória. Cada prédio, abrigava um cinema no andar térreo. O local passou a ser conhecido como Cinelândia. Os quatro prédios iniciaram o processo de verticalização da cidade.

Em 1920, foram iniciadas as obras de "saneamento" e melhorias da Lagoa Rodrigo de Freitas, incluindo a abertura da Avenida Epitácio Pessoa e a construção de dois canais de comunicação com o mar, evitando o transbordamento da Lagoa nos dias de chuva intensa.

Mais da metade da população dos bairros da Zona Sul era de estrangeiros, portugueses, italianos e espanhóis em maioria.

Em 1920, o industrial Henrique Lage constrói o Palacete do atual Parque Lage, para a cantora lírica italiana Gabriella Besanzoni, sua esposa. 

Em 1920 o escultor francês Paul Landowski realiza em terracota,  uma espécie de argila usada em cerâmica, a escultura da cabeça do Cristo Redentor, como parte de um estudo para a construção da imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo no alto do Morro do Corcovado.

Na década de 1920, o  Distrito Federal deixou de ser o principal centro econômico do país, sendo ultrapassado pela cidade de São Paulo. 

Favelas do Rio de Janeiro
Nº de domicílios
Favela 1920 1933

1º Morro da Providência 839 1.504
2º Morro do Salgueiro 190    609
3º Morro São João   63
4º Morro Babilônia            59     73
5º Morro Cantagalo    16       0
6º Morro do O´relly (Arrelia)     6   712
Santo Antônio -     33
São Carlos -   489
Do Chico -     61

Fonte: Levantamento Cadastral do Recenseamento de 1920.
Nota: Em 1950 a Cidade do Rio de Janeiro contava com 169.305 favelados.

Nota: Em 1920 o Morro da Providência contava com 6 casas comerciais. Na década de 1930 surgem as favelas da Praia do Pinto, na Lagoa, e do Esqueleto, no Maracanã. Em 1950 o Distrito Federal contava com 169.305 favelados. Em 1956 já havia 113 favelas na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1921, o Observatório Nacional foi transferido do Morro do Castello para o morro de São Januário, em São Christóvão.

Em 9 de março de 1921, através do Decreto nº 1.529, foi aprovado o plano de arrasamento do Morro do Castello.

Em setembro de 1921, extraordinária ressaca na Praia de Copacabana, destrói longos trechos da muralha da Avenida Atlântica.

Até dezembro de 1921, apenas 10% do Morro do Castello havia sido removido, de forma lenta e ineficiente.

Entre 1921 e 1922 foi construído o Hotel Sete de Setembro, na Avenida Rui Barbosa, depois ocupado pela Casa do Estudante.

Em 1921, início da construção do Jockey Club na Gávea, inaugurado em 1926.

Em 1921, em Maria da Graça, é inaugurada a primeira fábrica de lâmpadas da América Latina, a fábrica Mazda, da General Electric.  Posteriormente passam a produzir medidores de energia e transformadores.

Em 1922, a cidade parou e o comércio fechou para receber os aviadores portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho, que realizam a primeira travessia do Atlântico Sul, com voo entre Lisboa e o Rio de Janeiro.

Em 1921, conclusão do arrasamento de parte do Morro do Castello, abrindo espaço para a construção dos pavilhões da Exposição Comemorativa do Centenário da Independência do país. Na exposição foi realizada a primeira transmissão de rádio do país. Até 1932 a área ficou praticamente abandonada.

Por decreto do presidente Epitácio Pessoa, é criado o Museu Histórico Nacional, no antigo Arsenal de Guerra e a Casa do Trem. 

Inauguração da Rádio Costeira, junto à pedra do Arpoador, desativada em 1967. Era subordinada ao Departamento de Correios e Telégrafos e prestava auxílio aos navegantes. 

Em 6 de janeiro de 1922, é inaugurada a estação de Francisco Sá da Estrada de Ferro Rio Douro.

Em 20 de janeiro de 1922, o marco de fundação da cidade e a lápide do túmulo de Estácio de Sá foram transferidos do Morro do Castello para a casa da rua Conde de Bonfim, 290, que servia de residência temporária dos capuchinhos. Na mesma ocasião, em grande solenidade, foi realizada a última Missa no Morro do Castello.

Em 5 de abril de 1922, inauguração do Cinema Iris, ainda como teatro.

Em abril de 1922, início das obras de abertura da rua México, quando estava sendo finalizado o arrasamento do Morro do Castello. No mesmo ano prosseguia a obra de abertura da Estrada das Paineiras 

Em 25 de junho de 1922, é inaugurada a Avenida do Exército, em São Cristóvão.

Em 15 de agosto de 1922, é inaugurado o Hotel Glória, construído pela família Rocha Miranda. 

No dia 6 de setembro de 1922, é inaugurado o Mercado das Flores, com a presença do presidente Epitácio Pessoa e do prefeito Carlos Sampaio. No dia 10 de março de 1964 foi inaugurado o novo prédio, projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes, com 43 oficinas e espaço no subsolo para exposições.

Em 7 de setembro e 1922, foi inaugurada a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, encerrada em julho de 1923.  No período as obras de arrasamento do Morro do Castello foram praticamente interrompidas. 

No dia 4 de outubro, inauguração da primeira linha de bonde elétrico na Ilha do Governador, ligando a Praia do Zumbi à Praia da Freguesia.

Inauguração do Palácio Tiradentes no local da antiga Câmara e Cadeia.

Em 1922, foram concluídas as obras do aterro do bairro da Urca. Um ano depois, na administração de Alaor Prata, foram descritos e definitivamente aceitos os Planos de Abertura das ruas no bairro

O prefeito Carlos Sampaio restitui a organização de feiras-livre na cidade, proibidas desde 1904 pelo prefeito Pereira Passos.

Inauguração do Bar e Posto do Pronto Socorro do Lido, em Copacabana.

Abertura da Avenida Rui Barbosa, com 800 metros de extensão, ainda com o nome de Avenida do Contorno.

Retirada do gradil do Passeio Público.

Em novembro de 1922, início da construção do primeiro trecho da Rodovia Rio-Petrópolis pelo Automóvel Club do Brasil, sendo inaugurado em maio de 1926. O trecho da serra aproveitava a Estrada da Serra da Estrela, construída em meados do século XIX pelo engenheiro Koeler.

Em 1922, foi lançado o filme Terra Encantada, do português Silvino Santos, retratando o cotidiano carioca.

Em 23 de agosto de 1923, inauguração do Hotel Copacabana Palace, valorizando o bairro de Copacabana.

No dia 20 de abril de 1923, é fundada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a primeira emissora de rádio comercial do Brasil.

Inauguração do Hotel Balneário na Urca, mais tarde transformado no Cassino da Urca.

Em 1923, é apresentado o ante-projeto, de autoria de A.Morales de los Rios de uma nova avenida no aterro da enseada da Glória, paralela e idêntica à avenida Beira Mar, entre a City Improvements na Glória e o palácio da embaixada dos Estados Unidos, com área ajardinada de 30 metros de larguras entre as duas avenidas. O aterro seria construído com material de rejeito do arrasamento do Morro do Castello.

Em 1923, é concluído o plano de ocupação do vazio deixado pelo Morro do Castello.

Em novembro de 1922, construção de muralha para proteção da Avenida Arpoador, em Ipanema.

Segundo matéria do Jornal O Globo de 29 de julho de 1925, a cidade do Rio de Janeiro vivia um boom automobilístico. Em apenas um ano, no período 1922-1923 o número de carros de passeio passou de 2.772 para 12.995 unidades. 

E 1924, a cidade do Rio de Janeiro contava com 1.442.088 habitantes, sendo 441.287 nas zonas rural e suburbana.

Alargamento da Avenida Wenceslau Brás, em Botafogo.

Em abril de 1924, foi feito pedido de usucapião do Morro do Baiano, junto ao canal da Lagoa Rodrigo de Freitas, iniciando a ocupação de uma pequena favela removida em 1969.

Em junho de 1924, início das obras de prolongamento do cais do porto, desde o Canal do Mangue até a ponta do Caju.

Em 27 de julho de 1924, inauguração do Cine Odeon, no centro da cidade.

Início da produção de aço no país, pela siderúrgica Belgo-Mineira, em Minas Gerais.

Em 1924, início das obras de abertura da Avenida Francisco Bhering, no Arpoador, concluída em 1926.

Em 1924, fundação da favela Dona Marta, em Botafogo.  Na época o bairro já contava com a favela do morro de São João, cujo censo de 1920 indicava a existência de 63 barracos. Em 1950 a Favela Dona Marta contava com 1.632 habitantes. 

Em 1925, o Túnel Alaor Prata, mais conhecido como Túnel Velho, é alargado de 6 para 13 metros. 

Demolição das plataformas da estação de trens Imperial, que atendia exclusivamente ao Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista. 

Em 1925, demolição do Chafariz da Carioca, construído em 1832 com 40 torneiras de bronze. O largo antes conhecido como o de Santo Antônio, passou a ser chamado da Carioca, por receber as águas do Rio Carioca.

Em 1925, inauguração do Corpo de Bombeiros do Campinho.

Inauguração do Hospital e Pronto Socorro no Campo de Santana, o primeiro do país para emergências. Em 1955 recebe o nome de Souza Aguiar e em 1965 um novo prédio, cuja construção foi iniciada em 1962.

Em 1925, inauguração do Edifício Praia do Flamengo, com 9 andares, primeiro arranha-céu da Praia do Flamengo, projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire, o mesmo autor do Palácio das Laranjeiras (1913), Hotel Glória (1922), Hotel Copacabana Palace (1923) e Edifício A Noite (1929). 

Em 1925, a cidade do Rio de Janeiro no seu auge, populosa e cosmopolita, com predominância de população católica, era o centro industrial do país, seu grande empório comercial.


Careta, 1925

Automóvel Clube, setembro 1926


Em 21 de abril de 1926, foi inaugurado em Sepetiba a estação radio-telegraphica ultrapotente, permitindo a comunicação para vários países da Europa e da América do Norte. A cerimônia contou com a presença do Ministro da Viação Francisco Sá, Alexandre Conty, Embaixador da França, Edwin Morgan, Embaixador dos Estados Unidos e o Prefeito Alaor Prata, entre outras autoridades.

Em 13 de maio de 1926, em cerimônia realizada na Pavuna, no Km 0, é inaugurada a estrada de rodagem Rio – Petrópolis, construída pelo Automóvel Clube do Brasil. A abertura da estrada foi iniciada em agosto de 1921, por excursionistas do Rio Moto Club, que abriram as primeiras picadas entre a capital e a Raiz da Serra, na Villa Inhomirim. Oficialmente, a construção da estrada foi lançada em 5 de novembro de 1922, em cerimônia realizada em São João de Meriti, há poucos metros da divisa com Distrito Federal. Da Pavuna a Estrada seguia pela atual Avenida Automóvel Club de São João de Meriti, passando por Vilar dos Telles, Avenida Joaquim da Costa Lima, Pilar, Santa Cruz da Serra, Fragoso, Raiz da Serra, até a Estrada Velha da Serra da Estrela.

Em maio de 1926, finalmente, a Prefeitura anuncia o início das obras de pavimentação da rua do Barroso (atual Siqueira Campos) com paralelepípedos. A obra deveria estar concluída antes da conclusão do alargamento do Tunnel Velho. A população do bairro de Ipanema também reclamava da falta de pavimentação de outra via de intenso movimento, a rua Visconde de Pirajá, antiga 20 de Novembro, onde em qualquer chuva se tornava um lamaçal.

Em 10 de junho de 1926, início da operação dos luxuosos ônibus da Viação Excelsior, inicialmente na linha Club Naval – Mourisco.

Em 14 de julho de 1926, inauguração do Monumento a Benjamin Constant, na Praça da República.

Em 19 de julho de 1926, foi registrada a temperatura de 4,8 graus Celsius no Campo dos Affonsos. 

Em 6 de novembro de 1926, inauguração do antigo Palácio da Justiça, na rua Dom Manuel, abrigando a Corte de Apelação. 

Em 1926, inauguração do Casino Beira Mar, construído no Passeio Público, na face da Avenida Beira Mar, sendo demolido em 1937.

Em 6 de novembro de 1926, inauguração do novo prédio da Estação Barão de Mauá, da Leopoldina Railway. 

Em 1926, foi concluído o prolongamento da rua Barata Ribeiro até a rua Djalma Ulrich, em Copacabana.

Demolição dos dois pináculos de alvenaria, em Santa Tereza, que o povo chamava de Dois Irmãos.

O prefeito Prado Junior encomenda ao arquiteto francês Alfred Agache um novo plano urbanístico para a cidade, concluído em 1930.

Início da produção de cimento no país, pela Companhia de Cimento Portland.

Em 1926, foi realizada a primeira ampliação do aterro da área do Calabouço. Em 1930 o engenheiro César Silveira Grilo propõe ao ditador Getúlio Vargas a construção do Aeroporto na área do Calabouço. Em 1931 foi criado o Departamento de Aeronáutica Civil e aprovado a proposta de construção do Aeroporto.

Instalação de semáforos tricolores na Avenida Rio Branco.

Em janeiro de 1927, início do estudo do traçado na nova estrada Rio-Petrópolis. A diretriz deveria se desenvolver ao longo do vale do Ribeirão Matto Grosso, atingindo a garganta da Quitandinha. Em pouco tempo foi iniciada a locação do eixo da estrada, concluída em maio do mesmo ano.

Em 27 de janeiro de 1927, inauguração da nova sede do Banco de Crédito Mercantil, com 7 pavimentos e 4 elevadores Otis, na rua da Quitanda, 73. 

Em 21 de abril de 1927, é realizado o primeiro jogo do estádio de São Januário, em São Cristóvão, do Clube Vasco da Gama, considerado o maior estádio da América do Sul. 

O Prefeito do Distrito Federal manda organizar um projeto para a abertura de uma avenida partindo da rua Primeiro de Março até a Avenida Francisco Bicalho, em concordância com a rua Visconde de Itaúna.

Em 1927, aprovação do loteamento de Vila Valqueire. A ocupação do bairro foi lenta, pois nos anos 50  haviam poucas casas na grande área loteada. A ocupação só aumentou  no final dos anos 60. 

Em 1927, inauguração do Cais de São Christóvão, no Porto do Rio de Janeiro.

É construído o Edifício Caetés, na rua Pires de Almeida, em Laranjeiras. Era um dos 23 prédios que formam o antigo conjunto de edifícios Jardim Sul América, dos funcionários da Companhia de Seguros Sul América. 

Em 31 de janeiro de 1928, inauguração do Hotel Mem de Sá, com 5 andares, na rua Mem de Sá, esquina com rua dos Inválidos.

Em 18 de março de 1928, é inaugurado o Cinema Verdun, na rua Barão de Mesquita, 972, Praça Verdun, com capacidade para 900 espectadores.

Em 28 de março de 1928, circula o último bonde de tração animal da cidade, na linha Madureira - Irajá. No dia 6 de abril de 1928, a Light inaugura o serviço de ônibus de dois andares na cidade.

Em 5 de maio de 1928, inauguração da rodovia Rio-São Paulo com 508 quilômetros de extensão, com apenas 5 km pavimentados. O Km Zero da rodovia era no Largo do Campinho.

Em maio de 1928, retomada dos trabalhos de arrasamento do Morro do Castello, com a presença do presidente da república, do prefeito, além do professor Alfred Agache, recém contratado para o plano de remodelação da cidade. 

Em maio de 1928, a prefeitura abre concorrência pública para construção da estação hidroviária de passageiros e depósito de cargas na Ribeira, Ilha do Governador.

Em junho de 1928, a prefeitura abre concorrência pública para a pavimentação em concreto asfáltico do primeiro trecho da Avenida Vieira Souto, na pista externa, entre as ruas Farme de Amoedo e Henrique Dumont que então se encontravam pavimentadas em macadame.

No dia primeiro de junho de 1928, inauguração de mais um arranha-céu, o edifício Itajubá Hotel, com 16 andares, no terreno do antigo Convento da Ajuda.

Em 28 de agosto de 1928, inauguração da nova Rodovia Rio-Petrópolis, primeira rodovia asfaltada do país, quando o Estado do Rio de Janeiro contava com 19 mil veículos automotores. Durante muitos anos, foi considerada a melhor rodovia da América do Sul. O Km 0 da rodovia era na Avenida Suburbana, na altura da Praia Pequena, no cruzamento da Avenida dos Democráticos. Dalí seguia até a estação de Bonsucesso, onde passava a acompanhar a linha do trem, pela rua Uranos até a Penha, de onde seguia até Vigário Geral, Merity (atual Caxias) no Km 14, seguindo pela atual Avenida Leonel de Moura Brizola, antiga Presidente Kennedy, até Sarapuhy (Km 18), Fazenda São Bento (Km 21), Pilar (Km 26), Santo Antonio (Km 38), Quitandinha (Km 58) e Petrópolis (Km 62).

No dia 16 de setembro de 1928, no Recreio dos Bandeirantes, é lançada a pedra fundamental da sede campestre do Club dos Bandeirantes do Brasil, em terreno doado por J.W.Finch da empresa Recreio dos Bandeirantes.

Em setembro de 1928, são inaugurados os primeiros semáforos da cidade, na avenida Rio Branco, durante o desfile do presidente eleito norte-americano Herbert Hoover. O sistema, fornecido pela General Eletric, permitia a operação simultânea de fase verde em todos os 5 cruzamentos da avenida, facilitando a circulação do Corpo de Bombeiros e eventuais tropas do exército. 

Em dezembro de 1928, inauguração da Avenida Santos Dumont, nos terrenos do antigo Morro do Castello.

Início do ajardinamento da Praça Paris, concluído em 1930.

Em 1928, construção do Edifício OK, em estlio art déco, na Avenida Atlântica, esquina com rua Ronald de Carvalho.

Criação do campo de pouso de Jacarepaguá, atual aeroporto de mesmo nome, pela companhia francesa Aeropostale. No mesmo ano foi aberto o trecho de serra da Estrada da Grota Funda.

Em 1928, Copacabana ganha mais um arranha-céu, o Palacete Veiga, com oito andares, lna Avenida Nossa Senhora de Copacabana, esquina com rua Ronald de Carvalho.

Lançamento do loteamento do bairro Cidade Jardim Laranjeiras, na rua General Glycério.

Em 1928, o prefeito Prado Júnior convida o francês Albert Hubert Donat Agache para visitar o Brasil e elaborar o Plano Direto da capital, concluído em 1930. Com o Golpe de Estado de Getúlio Vargas, o interventor Pedro Ernesto cancela o Plano, que não teve prosseguimento, até 1937, quando o Prefeito Henrique Dodsworth cria o Serviço Técnico do Plano da Cidade, que também não teve prosseguimento, em função das contingências da Segunda Guerra Mundial.

Em 1928, na rua Ronald Carvalho, esquina com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, é construído o Edifício Santa Helena, mais tarde dividido em dois condomínios. Em 1932 foi construído o Edifício Guahy, um dos mais antigos em estilo art déco cidade, localizado na mesma rua.

Inauguração da ponte de atracação do Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, 

Em 13 de junho de 1929, é inaugurada a estação de Maria da Graça da Linha Auxiliar.

Em 29 de junho de 1929, no então Palácio Teatro, na rua do Passeio, é exibido o primeiro filme sonoro no Brasil, o  Melodia da Broadway, de Harry Beaumont.

Em janeiro de 1929, é concluída a reconstrução da Estrada da Gávea, no trecho compreendido entre o Morro do Chuá (Joá) e a Barra da Tijuca, ganhando pavimentação em concreto com 18 cm de espessura em trecho com 1,8 km de extensão, além de outro trecho em “macadam” com 800 metros de extensão. Em abril de 1930 o Prefeito Prado Júnior inaugura o Pavilhão Colonial do Chuá (Joá), um bar e restaurante para turistas, na curva do Joá.

Em 1929, a Pan Am inaugura voos comerciais entre o New York e Buenos Aires, com escalas no Brasil.

Remodelação da Praça da República, visando melhor disciplinar o fluxo de veículos.

Em 1929, é aberta a rua Fernandes Figueira, na Tijuca.

Em setembro de 1929, início da construção do Viaduto de São Francisco Xavier, na Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 7 de setembro de 1929, inauguração do edifício A Noite, na Praça Mauá, com 22 andares e 125 metros de altura.

Em novembro de 1929, modificação da mão de direção da Avenida Beira Mar, no trecho entre o Monroe e o Largo da Glória. O tráfego que era realizado simultaneamente nos dois conjuntos de duas pistas da Praça Paris, passa a ser feito em binário, com as duas pistas internas no sentido Flamengo, e as duas pistas externas no sentido Centro. 

Em 21 de dezembro de 1929, inauguração da Estrada das Paineiras ao Alto da Boa Vista, com 9 km de extensão, ligando a estação Paineiras da Estrada de Ferro do Corcovado ao Alto da Boa Vista. A estrada foi traçada, em parte, acompanhando um antigo aqueduto da serra da Carioca, e outra parte sobre o caminho dos bondes do Sumaré. 

No dia 24 de dezembro, inauguração do serviço de telefone automático, sem a necessidade de auxílio da telefonista, inicialmente no Centro.

Canalização do rio Trapicheiro, na Zona Norte.

Entre 1928 e 1929, é construído o Edifício Guarujá, na rua Domingos Ferreira.

Início da construção da Escola Normal, na rua Mariz e Barros.

Entrega do Edifício Bela Vista, com seis andares e 28 apartamentos de dois quartos, na Praia do Flamengo, 314, construído pelo arquiteto Sylvio Rebecchi.

Em 1929, é concluída a construção do Edifício Milton, na rua do Russel, em estilo art déco. O prédio foi tombado na década de 1990.  Com portaria monumental, escadaria e acabamento com mármore de carrara, se tornou um dos endereços mais elegantes da cidade.


Inauguração da Praça Paris em 1929

Brazil Ferro Carril, 15/02/1935. p.76




REFERÊNCIAS:

BRASIL, Gerson. História das Ruas do Rio. 5ª edição, Rio de Janeiro. Lacerda Editora. 2000.

GOULART, José Alipio. Favelas do Distrito Federal. 1957.

Cinema Verdun. O Jornal. Rio de Janeiro. 18 março 1928. p.11.

MORAES, Stelio. Sinais Luminosos. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 24 março 1963. p.3.

[a] Relatório do Prefeito do Distrito Federal lido na Sessão de 2 de março de 1898.

Recenseamento da Cidade do Rio de Janeiro. 1906.

WALLE, Paul. Au Brésil, Aperçu Générale. Paris. 1912.