Histórico
A década de 1940 foi decisiva na abertura de novas vias de circulação, adaptando o antigo sistema viário ao explosivo crescimento da frota de automóveis. O transporte ferroviário foi renegado e o início da construção do Metrô postergado. O automóvel, acessível a poucos, era louvado. Entre os principais projetos executados pela Prefeitura do Distrito Federal na década de 1940, destacam-se:
1º) Abertura da Avenida Presidente Vargas;
2º) Abertura da Avenida Brasil;
3º) Melhorias na Ligação Botafogo-Copacabana, com a duplicação do Túnel do Leme, construção do Túnel do Pasmado e do Parkway da Praia de Botafogo;
4º) Retirada do refúgio central das principais vias, entre elas a rua Jardim Botânico;
5º) Conclusão do arrasamento da Morro de Santo Antônio;
6º) Ampliação do Largo da Carioca, após a demolição da Imprensa Nacional. Descaracterizando o centro histórico português.
A década de 1940 marca o início da massiva imigração nordestina, que se acentua após a conclusão da rodovia Rio-Bahia, iniciando o processo de explosão demográfica da Região Metropolitana e das favelas da capital. A população de Nova Iguaçu já tinha passado de 33,316 habitantes em 1920 para 142.021 habitantes em 1940.
O número de favelas na Zona Sul, passa de 10, em 1942, para 25 em 1950, totalizando cerca de 40 mil habitantes. Na época surgem as favelas do Vidigal, Maré e Jacarezinho.
A paisagem do Rio de Janeiro foi sendo completamente desfigurada ao sabor do voraz processo de especulação imobiliária, junto do discurso revolucionário do modernismo brasileiro, promovido inclusive pelo próprio poder público, com a demolição e construção indiscriminada de prédios cada vez mais altos, cobrindo os belos traços da cidade européia.
1940
A capital contava com cerca de 1,75 milhão de habitantes, sendo 246 mil habitantes na Zona Sul. Por volta de 1940, na Zona Norte, é fundada a favela do Jacarezinho, no bairro do Jacaré, por imigrantes nordestinos, mineiros e capixabas, em busca do “eldorado” da então capital da república. Em 1976 a favela do Jacarezinho já contava com cerca de 80 mil habitantes, distribuídos em 12 mil casa e barracos.
Em março de 1940, é iniciada a construção do primeiros 5 Km da Variante Rio-Petrópolis, atual Avenida Brasil, a partir do Km 0, localizado na confluência das avenidas Rodrigues Alves e Francisco Bicalho. As obras foram lançadas na gestão do prefeito Henrique Dodsworth dias após a aprovação da concorrência para sua construção.
Em, abril de 1940, é inaugurado o prédio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), localizado na Avenida Marechal Câmara.
No dia 20 de julho de 1940, inauguração do Estádio Caio Martins, em Niterói.
No dia 5 de outubro de 1940, é inaugurado o Cinema Olinda, na Praça Sáenz Peña, com 3.500 lugares. Foi demolido em 1972, sendo substituído pelo centro comercial Shopping 45.
No dia 30 de outubro de 1940, o Chefe do Governo, aprova o Plano Urbanístico da Municipalidade (Plano de Obras), apresentado pelo Prefeito Henrique Dodsworth para execução em três anos. Entre outras melhorias, o plano previa as seguintes obras:
1º) Prolongamento da Avenida do Mangue até o mar, com oitenta metros de largura, ganhando a denominação de Avenida 10 de Novembro, atual avenida Presidente Vargas.
2º) Desmonte do Morro de Santo Antônio, com suas terras servindo para a composição do aterro entre o Aeroporto e o bairro de Botafogo, alargando-se a Avenida Beira Mar e construindo uma parkway (Estrada-Parque)
3º) Construção da Variante da Estrada Rio-Petrópolis, mais tarde denominada Avenida Brasil. Obras foram iniciadas em abril de 1940.
4º) Construção da Avenida Botafogo-Copacabana, incluindo um túnel no morro de São João.
5º) Construção da Avenida Diagonal, entre a Lapa e o Campo de Santana
Construção do Edifício Mayapan, na Avenida Almirante Barroso, em estilo art déco, conhecido pela população como “bolo de noiva”.
No dia 20 de dezembro de 1940, é inaugurada, com a presença do presidente da república, a Avenida Tijuca, atual Avenida Édson Passos, com 5 km de extensão.
Em 1940, é lançada a construção da Variante Rio-Petrópolis, atual Avenida Brasil, uma via expressa com 15 Km de extensão, entre o Cais do Porto e Parada de Lucas, com duas pistas de concreto com 10 metros de largura cada, mais duas vias laterais com 6 metros de largura, projetada para velocidade diretriz de 100 Km/h e capacidade para 4 mil veículos/hora.
Rua do Túnel em 1941, em Botafogo, antes da obra de duplicação do Túnel do Leme. As obras de demolição do casario do lado direito, para implantação da segunda galeria, foram iniciadas em dezembro de 1941. Foto de Uriel Malta. Acervo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
1941
Em abril de 1941, foi assinado o contrato com a firma Christiani & Nielsen para a construção da nova ponte dos Marinheiros sobre o Canal do Mangue.
No dia 25 de agosto de 1941, inauguração do novo edifício do Ministério da Guerra.
No primeiro semestre de 1941, o Distrito Federal contava com 36.737 veículos automotores, sendo 26.603 para passageiros, 9.311 de carga, e 823 auto-ônibus.
No dia primeiro de novembro de 1941, é inaugurado o sistema de telefone automático em Niterói.
No dia 10 de novembro de 1941, é inaugurada a nova sede do Instituto de Aposentadoria e Pensões da Estiva, localizada na Avenida Venezuela, 53.
Em 1941, foi lançado o plano de construção de uma avenida perimetral, em elevado, ligando a avenida Beira Mar à Praça Mauá, desafogando a avenida Rio Branco.
Passageiros transportados em Transporte Coletivo em 1941
Carris 48.925.897
Ônibus 10.051.250
Barcas 125.723 Ilha do Governador e Paquetá
Construção do quebra-mar da Barra da Tijuca.
Lançamento do Edifício Guairacá, localizando na Praia de Botafogo, 114, entre a avenida Oswaldo Cruz e a rua Senador Vergueiro, projetado e construído pela empresa Leonidio Gomes & Cia. Ltda. Cada unidade tinha duas salas, 3 quartos e 3 varandas. O edifício contava com 3 elevadores.
1942
Em julho de 1942, o Prefeito Henrique Dodsworth determina o asfaltamento da Rua Jardim Botânico, até então pavimentada com paralelepípedos, junto com a execução da pavimentação da Rua Bartolomeu Mitre com paralelepípedos, na ligação Gávea – Leblon.
Em julho de 1942, inauguração da segunda pista da Avenida Delfim Moreira.
Em agosto de 1942, o Brasil declara guerra à Alemanha, após o suposto afundamento de navios brasileiros no oceano atlântico.
No dia 23 de outubro de 1942, na praça Salgado Filho, em frente ao terminal de passageiros do Aeroporto Santos Dumont, é inaugurado o Monumento ao aviador Alberto Santos Dumont, de autoria do artista Amadeus Zani.
Em novembro de 1942, inauguração da Avenida Amaral Peixoto, em Niterói.
Em novembro de 1942, são paralisadas as obras de construção da Rodovia Grajaú – Jacarepaguá, quando faltava um trecho de 6 Km para ser aberto, entre a Represa dos Ciganos e a rua Visconde de Santa Isabel.
No dia 31 de dezembro de 1942, início das transmissões da Rádio Nacional, em ondas curtas de 50 quilowatts de potência.
Inauguração do Cine Vitória, localizado na rua Senador Dantas, fechando suas portas em 1993. Abandonado, serviu como dormitório de moradores de rua e estacionamento. Após ampla reforma, é instalada no local a Livraria Cultura, a maior do Centro, com 4 andares e 3,2 mil metros quadrados, que encerra suas portas em outubro de 2018.
Em 1942, é inaugurado o ramal Cais do Porto do Arará, com 5 km de extensão.
Centro em 1944
1943
Em janeiro de 1943, é aprovado o projeto de prolongamento da avenida Epitácio Pessoa, entre a Pedra do Bahiano (atual Jardim de Alá) e a ilha do Piraquê, junto da urbanização das áreas adjacentes.
Em setembro de 1943, é entregue a pavimentação da Ladeira do Leme.
Em outubro de 1943, o Conselho Nacional de Trânsito aprova a proposta do Touring Club do Brasil de instalação do primeiro terminal rodoviário para linhas de ônibus de longa distância da cidade, aproveitando-se, para isso, a parte disponível do andar térreo do edifício sede da Polícia Marítima na Praça Mauá.
No dia 10 de novembro de 1943, inauguração do edifício sede do Ministério da Fazenda, na avenida Presidente Antônio Carlos, cuja construção foi iniciada em 1937.
Encontrava-se em construção a estrada Manilha-Magé, visando permitir o contorno da baía de Guanabara e a ligação Rio de Janeiro – Niterói.
Em outubro de 1943, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro, finaliza o serviço de terraplenagem da ligação entre a rodovia Tronco Norte (Niterói-Rio Bonito) até a localidade de Magé, dentro do Plano Rodoviário estabelecido de ligação entre Niterói e a capital federal. A estrada atravessava, numa extensão de 13 km entre as localidades de Itambi e Magé, uma região pantanosa, que exigiu a construção de canais laterais de onde era retirado o material para o aterro.
Inauguração da nova estação Dom Pedro II em estilo art déco, ganhando novo mezanino e torre de escritórios com gigantesco relógio.
Inauguração da eletrificação do trecho Nova Iguaçu e Japeri do trem suburbano da Central do Brasil.
Início das obras de abertura da avenida Brasil, sendo concluído, no mesmo ano, um trecho de pista com placas de concreto em Manguinhos. No dia 10 de novembro de 1944 é inaugurado o trecho entre as ruas Alegria e Lobo Junior.
Início das obras de duplicação do Túnel Novo, com a perfuração da nova galeria, concluída em julho de 1943. A inauguração da duplicação é realizada somente em 1946.
Fundação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Remodelação do alto do Corcovado.
Em 1943, é entregue um trecho de 4 Km da Avenida Brasil, pavimentado com placas de concreto.
Obra de duplicação do Túnel do Leme, em 1943. O explosivo crescimento demográfico do Balneário de Copacabana, junto com o aumento da frota de automóveis, exigiam melhores condições de tráfego para o Centro da Cidade.
Km 0 da Variante Rio – Petrópolis, atual Avenida Brasil, em 29/12/1943, nas proximidades do Canal do Mangue. Foto de Augusto Malta. Coleção do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
1944
No dia 20 de janeiro de 1944, inauguração do Plano Inclinado do Outeiro da Glória.
Inauguração da eletrificação até a estação de Campo Grande, do Ramal de Santa Cruz da Estrada de Ferro Central do Brasil.
No dia 7 de setembro de 1944, inauguração da Avenida Presidente Vargas, ligando a Cidade Nova à Candelária. A avenida possui largura de 72 metros, que para ser construída exigiu a demolição de todos os quarteirões situados entre as antigas ruas São Pedro e General Câmara, desde a igreja da Candelária até a Praça Onze, desapropriando inclusive a antiga sede da prefeitura, igrejas seculares e parte do Campo de Santana.
No dia 22 de outubro de 1944, com a presença do Prefeito Henrique Dodsworth, é inaugurado, parcialmente, o Hotel Serrador, na praça Mahatma Gandhi.
Em outubro de 1944, é realizado o lançamento do Edifício Avenida, localizado na Avenida Rio Branco, esquina com a Rua São Bento.
O Hospício de Alienados é transferido da Urca para Jacarepaguá.
Inauguração do terminal de passageiros do Aeroporto Santos Dumont, em atraso em função das dificuldades geradas pela segunda guerra, que também gerou a restrição do fornecimento de combustível para carros particulares.
Inauguração do Hotel Quitandinha, em Petrópolis.
Pavimentação da Estrada Itaipava – Teresópolis, aberta em 1939, facilitando o acesso à Teresópolis.
Início da construção do edifício “Sylvina”, em estilo art déco, localizado na Rua Bento Lisboa, esquina com a rua Silveira Martins, com garagem para 40 carros e abrigo anti-aéreo.
Lançamento do Edifício Avenida 25, localizado na avenida Rio Branco, esquina com rua São Bento.
Inauguração do Edifício Serrador, na rua do Passeio, junto à Cinelândia, funcionando como hotel até a década de 1960.
Avenida Presidente Vargas em 1944
Avenida Presidente Vargas em 1944
1945
Inauguração do Zoo da Quinta da Boa Vista.
Início das obras de alargamento da Praia de Botafogo para implantação de via expressa (Parkway), atual Avenida das Nações Unidas, entre a Avenida Oswaldo Cruz e o futuro Túnel do Pasmado (1947-1952).
Início da construção da Estrada Grajaú - Jacarepaguá, concluída somente em 1950. No mesmo ano é lançada a construção da ponte entre as ilhas do Fundão e do Governador, concluída em 1949.
Duplicação da ponte dos Marinheiros, desafogando o tráfego nas avenidas do Mangue, Lauro Muller, Paulo de Frontin e Francisco Bicalho.
Em Laranjeiras, na região da atual rua General Glicério, é relançado o loteamento Jardim Laranjeiras no terreno da antiga Fábrica Aliança que começou a ser desativada em 1939.
Em julho de 1945, a Avenida Brasil, já contava com um trecho pronto, já permitindo o tráfego contínuo desde a rua Bela, em São Cristóvão, até a rua Lobo Junior, na Penha. Também já se encontrava concluída a pavimentação de duas pistas entre a ponte dos Marinheiros e o cemitério da Penitência, no Caju.
Em julho de 1945, a avenida Presidente Vargas, ainda em construção, contava com um trecho aberto 2.040 metros de extensão, entre a Praça 11 de Junho e a rua Visconde de Itaboraí.
No dia 3 de outubro de 1945, inauguração do edifício sede do Ministério da Educação, o Palácio Gustavo Capanema.
Construção do viaduto de Parada de Lucas na futura Avenida Brasil.
Início da construção do Edificio São Gabriel, em estilo art-déco, localizado na Rua República do Peru, 143, com apartamentos vendidos, ainda na construção, a partir de 125 mil cruzeiros.
1946
Inauguração da avenida Brasil, sobre aterro da orla da baía de Guanabara, objetivando deslocar os fluxos de veículos dos eixos rodoviários das estradas de São Paulo e Petrópolis para áreas menos congestionadas, como também incorporar novos terrenos ao tecido urbano da cidade visando a sua ocupação industrial.
Fechamento dos cassinos da Urca, Atlântico e do Copacabana Palace, após a proibição do jogo no Brasil, no dia 30 de abril, pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra.
Liberação do gabarito de Copacabana para 8 e 12 pavimentos, dependendo do trecho.
Início da construção da muralha do novo aterro da Praia de Botafogo, para implantação da via expressa entre o túnel do Pasmado e o Morro da Viúva.
No dia 20 de junho, inauguração da segunda galeria do Túnel do Leme, em cerimônia com a presença do presidente da República.
Em junho, lançamento do Edifício Jabaquara, localizado na rua Paula Freitas número 20, em Copacabana, com um apartamento por andar de 404 metros quadrados cada.
No dia 25 de outubro de 1946, inauguração da Biblioteca Popular da Gávea, sendo transferida em 1993 para a avenida Bartolomeu Mitre.
Início da construção do viaduto Ana Nery, concluído somente em 1956.
Inauguração da Galeria Menescal, em Copacabana, na época com lojas de artigos finos.
Copacabana em 1946
1947
Inauguração da eletrificação e novas linhas com bitola de 1,6 m da Linha Auxiliar da Estrada de Ferro Central do Brasil até a estação de Pavuna.
Em julho de 1947, início das explosões para a perfuração do Túnel do Pasmado.
Início da construção da nova sede do Clube de Engenharia na avenida Rio Branco, concluído em 1957.
No dia 19 de novembro de 1947, inauguração da segunda parte do Jardim de Alá.
No dia 3 de dezembro de 1947, realização de concorrência pública para construção do túnel Catumbi - Laranjeiras.
Inauguração do Cais do Caju, no Porto do Rio de Janeiro.
Início da construção da Rodovia Rio-Teresópolis, inaugurada somente em agosto de 1959.
A Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro desfigurada
A Casa, Dezembro de 1947
1948
Em março de 1948, é inaugurado o Hotel Castro Alves, localizado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em frente à praça Serzedelo Corrêa.
Em junho de 1948, início da construção do túnel Santa Bárbara.
No dia 20 de dezembro de 1948, através da lei Nº .305, é criado o D.E.R - DF.
Em 1948, início da construção do túnel Rebouças cujas obras foram, paralisadas em 1950, retomadas em 1961, sendo inaugurado parcialmente em 1965 e finalmente concluído em 1967.
Em 1948 a Prefeitura do Distrito Federal realiza o primeiro Censo de favelas do Rio de Janeiro. O documento aponta a existência de 109 favelas (com 138.837 moradores, ou 7% da população total da cidade). Segundo o documento, "pretos e pardos" eram a maioria da população dos morros cariocas por serem "hereditariamente atrasados, desprovidos de ambição e mal ajustados às exigências sociais modernas".
A cidade possui 60.825 veículos licenciados, sendo 84% de automóveis, o que corresponde a uma taxa de motorização de 49 veículos para cada habitante.
Construção da estrada da Canoa, entre São Conrado e o Alto da Boa Vista.
Criação do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal, para possibilitar o recebimento dos benefícios da Lei Federal N° 302 de 1948.
Evolução do Número de Veículos Licenciados:
Ano Número
1920 4.357
1924 7.582
1928 14.708
1932 19.340
1936 28.408
1940 38.083
1944 22.100 (a)
1948 60.825
(a) Segunda Guerra Mundial
1949
Inauguração da segunda etapa da duplicação do Túnel Novo, com o alargamento e modernização da primeira galeria, inaugurada em 1906. A segunda galeria foi aberta entre 1943 e 1946, junto com a duplicação, ainda parcial, da Avenida Princesa Izabel.
No dia 31 de janeiro de 1949, às 10 horas da manhã, inauguração das pontes de acesso à Ilha do Governador, em solenidade com a presença do Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra.
Em setembro de 1949, fechamento do Hotel Quitandinha, mais tarde reaberto pela Companhia Fluminense de Turismo e Hotéis. No dia 5 de junho de 1951, o hotel é fechado definitivamente.
Extinção das primeiras e segundas classes dos trens de subúrbio, que passam a operar em classe e tarifa única.
Conclusão da rodovia Rio-Bahia. No mesmo ano é inaugurado o primeiro trecho da Via Dutra, entre São Paulo e Mogi das Cruzes.
No dia 29 de março de 1949, inauguração da eletrificação no trecho entre as estações de Paracambi e Barra do Piraí, da Estrada de Ferro Central do Brasil.
No dia 16 de junho de 1949, é inaugurado o Elevado das Canoas, na estrada de mesmo nome.
No dia 10 de outubro de 1949, é aprovado o plano de alinhamento de abertura da Avenida Litorânea, implantada ainda na gestão do Prefeito Mendes de Moraes (1947-1951) em 44 meses, entregue ainda sem pavimentação. a ocupação da baixada litorânea da Barra da Tijuca. A avenida das Américas só veio a ser implantada na década de 1960.
No dia 19 de novembro de 1949, inauguração do prolongamento da estrada da Canoa até o Alto da Boa Vista. Sendo o novo trecho nomeado como estrada da Pedra Bonita.
Em dezembro de 1949, entrega de um novo trecho do Porto do Rio de Janeiro.
Inauguração do IAPI, na Penha.
Inauguração do anexo do Copacabana Palace e do Hotel Olinda, na avenida Atlântica.
Início da construção da Via Dutra.
Início das obras de alargamento do túnel da rua Alice, o primeiro túnel rodoviário da cidade. Em julho de 1951 as obras foram paralisadas pela falta de verba, sendo retomadas em setembro após nova concorrência e concluídas em 1952.
Entre 1949 e 1952, é realizado o aterro entre nove ilhas da baía de Guanabara (Cabras, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França, Baiacu, Fundão, Catalão, Bom Jesus, Pinheiro e Sapucaia) totalizando uma superfície de 4,8 milhões de metros, para implantação da Cidade Universitária, cujas obras foram iniciadas em 1954. A primeira aula só foi realizada em 1973.
Em 1949, é construído o prédio da Sotreq, na avenida Brasil, junto ao acesso da Ilha do Governador.
A loja de departamentos americana Sears Roebuck S.A se instala no Rio de Janeiro, sendo pioneira no horário noturno, funcionando até as 22 horas.
Em 1949 é construído o anexo do Copacabana Palace, junto à piscina, construída em 1937.
Início da construção de novo trecho da Rodovia Rio – Teresópolis, entre o Soberbo e a Parada de Santa Guilhermina, no entroncamento com a estrada de contorno Guanabara (Rio-Bahia pelo litoral BR-5), com extensão de 34,6 km. Até então o acesso rodoviário da capital para Teresópolis era feito por Petrópolis, até o Km 12 da Rodovia União e Indústria. O novo trecho, no entanto, só foi inaugurado em 1959.
Em 1949, em função do notável aumento do número de automóveis proporcionado pela retomada das importações com o fim da II Guerra, a avenida Rio Branco, que até então era de mão -dupla, passa a operar em mão-única, somente partir das 17h30, no sentido Praça Mauá. A rua Uruguaiana, que também era mão dupla, passa a operar o sentido Largo da Carioca, durante todo o dia.
Entre 1949 e 1950 são construídos os prédios do Exército, na Praia Vermelha, e a sede do Ministério da Guerra junto à Gare Dom Pedro II.
Em 1949, estreitamento do canteiro central da Praia do Flamengo, junto com o início da construção do Park-Way da Praia de Botafogo. O aumento do tráfego exigia constantes alargamentos.
Evolução do Número de Barracos nas Favelas da Cidade do Rio de Janeiro
1948 44.621
1949 89.635
1959 150.000
Passageiros Transportados em 1949
Trem de Subúrbio 170.423.214
Lotação/Táxi 197.121.600
Ônibus 203.670.000
Bondes 652.835.953
REFERÊNCIAS:
CRULS, Gastão. Aparência do Rio de Janeiro. 1949. v.2.
Rio de Janeiro. DER-DF, 10 Anos de Realizações. 1958.
Revista da Directoria de Engenharia. Rio de Janeiro.
Revista Rodovia. Rio de Janeiro.
Revista do Clube de Engenharia. Rio de Janeiro.
Riotur-Empresa de Turismo do Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro e sua Arquitetura.1989.
Revista Urbanismo e Viação. Rio de Janeiro. 1940
Prefeitura do Distrito Federal, Julho 1937 a Julho 1940. 1940.